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Primeiro-ministro promete linha da Beira Baixa operacional até ao final do ano

Está previsto um investimento de 65 milhões de euros na intervenção no troço entre a Covilhã e a Guarda, mas o concurso ainda se encontra em fase de apreciação das propostas.
Rafael Marchante/Reuters
18 Setembro 2017, 19h53

A linha ferroviária da Beira Baixa estará integralmente operacional no final deste ano, garantiu hoje António Costa, primeiro-ministro de Portugal, numa ação de campanha autárquica que decorreu na Covilhã.

“A linha da Beira Baixa, connosco, não continuou no papel. Abrimos o concurso, o concurso está neste momento já com as propostas apresentadas”, adiantou o chefe de Governo.

António Costa sublinhou que “estamos em fase de apreciação das propostas candidatas e, no final do ano, a obra entrará em ação, estará no terreno e a linha da Beira Baixa começará a ser uma realidade”.

A linha da Beira Baixa desenvolve-se entre o Entroncamento e a Guarda, numa extensão de aproximadamente 240 quilómetros, encontrando-se eletrificada e dotada de sistema de sinalização elétrica até à Covilhã.

O projeto que está a ser alvo de concurso, a eletrificação do troço entre a Covilhã e a Guarda, além da conexão com a linha da Beira Alta, tem um costo-base previsto de cerca de 65 milhões de euros.

Este investimento está integrado no programa Ferrovia 2020 e recebe comparticipação comunitária.

Segundo a IP – Infraestruturas de Portugal, empresa responsável pela condução do processo, o projeto em curso na linha da Beira Baixa possibilitará a conclusão da modernização da Linha da Beira Baixa, “permitindo o fecho de malha e a redundância de rede na zona centro do país, o que contribuirá não só para descongestionar a linha do Norte e a linha da Beira Alta, como permite canais alternativos e mais curtos ao tráfego internacional de mercadorias, aumentando significativamente a capacidade de ligação à fronteira de Vilar Formoso”.

A linha da Beira Baixa faz parte do Corredor Atlântico, que envolve Portugal, Espanha, França e Alemanha e integra o projeto prioritário n.º 8 da Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T), que tem como objetivo contribuir para o reforço da coesão económica e social da Europa e para o desenvolvimento do respetivo mercado interno, nomeadamente através da ligação das regiões periféricas às regiões centrais da União Europeia.

As intervenções previstas na linha da Beira Baixa foram também identificadas como investimentos prioritários pelo Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas – Horizonte 2014-2020 (PETI3+).

Este projeto visa também fechar a malha e aumentar a capacidade nas ligações internacionais; viabilizar a circulação de comboios com 650 metros de comprimento; viabilizar a circulação com tração elétrica em todo o percurso; reduzir as emissões de CO2 (dióxido de carbono) e o nível de ruído com a utilização de material elétrico; e reduzir o número de acidentes em passagens de nível, entre outras metas.

 

 

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