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Produtora de Weinstein evita bancarrota após acordo com investidores

A empresa cofundada pelo produtor norte-americano Harvey Weinstein chegou a um acordo de venda com um grupo de investidores, evitando abrir falência.
2 Março 2018, 08h01

“Demos um passo importante e chegámos a um acordo para comprar ativos da The Weinstein Company, com o objetivo de lançar uma nova empresa, com uma nova direção e uma nova visão”, disse em comunicado María Contreras-Sweet, que liderou o grupo de investidores.

O acordo foi alcançado após intensas negociações, nas quais participou a procuradoria-geral do estado de Nova Iorque, que no passado dia 11 de fevereiro apresentou uma queixa de direitos civis contra a empresa e os seus fundadores, os irmãos Harvey e Robert Weinstein.

Harvey Weinstein foi afastado da empresa em outubro do ano passado no seguimento de várias denúncias públicas de assédio e abuso sexual por dezenas de mulheres no meio cinematográfico.

Segundo a imprensa, em discussão estava um acordo de 500 milhões de dólares, e a justiça exigia a criação de fundo de 40 milhões de dólares para a empresa compensar as mulheres que acusaram Harvey Weinstein.

A empresa tinha anunciado no início desta semana que iria declarar falência, após falhadas as negociações com este grupo de investimento, mas esta quinta-feira a procuradoria voltou a sentar-se com as partes numa nova tentativa de evitar a bancarrota e proteger os empregados e as supostas vítimas.

Os irmãos Bob e Harvey Weinstein, que em 1979 fundaram os estúdios Miramax, produziram dezenas de filmes e séries de ficção e entertenimento premiadas.

Entre os filmes com maior sucesso de bilheteira contam-se “Sacanas sem lei” (2009) e “Django libertado” (2012), ambos de Quentin Tarantino, “O discurso do rei” (2010), de Tom Hooper, “Guia para um final feliz” (2012), de David O. Russell, e “O mordomo” (2013), de Lee Daniels.

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