Até ontem à noite ainda houve reuniões entre os sindicatos e o Ministério da Educação, mas sem êxito. “O ME deu o dito, por não dito e recusa-se a cumprir o acordo que assinou com os sindicatos de professores a 18 de novembro”, informou o SIPE. Nesse acordo, vinca a estrutura liderada por Júlia Azevedo, “a tutela comprometeu-se a reconhecer o tempo de serviço congelado de nove anos, quatro meses e seis dias, para efeitos de progressão na carreira docente. Agora, a proposta apresentada pelo ME é de dois anos, nove meses, e 18 dias, não admitindo qualquer margem para aposentações antecipadas, outro dos pontos que ficou acordado no compromisso assumido com os sindicatos a 18 de novembro de 2017.”
Os professores e educadores vão mesmo paralisar. A greve inicia-se esta terça-feira, 13 de março e prolonga-se até sexta-feira, 16 de março.
A greve, que conta com a adesão de todos os sindicatos de professores, é nacional, mas será concretizada em fases e por regiões. Saiba onde e quando paralisam os professores.
13 de março (terça-feira) – Região da Grande Lisboa, que inclui os distritos de Lisboa, Santarém e Setúbal, e Região Autónoma da Madeira;
14 de março (quarta-feira) – Região Sul, que compreende os distritos de Évora, Portalegre, Beja e Faro.
15 de março (quinta-feira) – Região Centro, que integra Coimbra, Viseu, Aveiro, Leiria, Guarda e Castelo Branco.
16 de março (sexta-feira) – Região Norte, respeita aos distritos de Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança, e Região Autónoma dos Açores.
Quais são os motivos para a convocação da greve?
Os sindicatos justificam a greve com o facto de o Governo continuar a adiar a resolução dos problemas que os afetam. “Passados três meses, em relação ao reposicionamento na carreira a proposta da tutela continua longe de respeitar o princípio da não discriminação dos docentes abrangidos em relação aos seus colegas que ingressaram antes do congelamento”.
Os professores acusam ainda o ministério de Tiago Brandão Rodrigues de não ter apresentado qualquer proposta de trabalho sobre os restantes três problemas que os afetam: recuperação do tempo de serviço, horários de trabalho e aposentação.
Os sindicatos que convocaram a greve são os seguintes: ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE, SIPPEB E SPLIU.
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