Se é verdade que, para alguns condutores, a cor é apenas um acessório e não pesa na decisão de compra, para outros este é um fator muito importante.
Atualmente é o branco que tem dominado o panorama da cor automóvel, registando em 2016, 37% das escolhas de todos os automobilistas e sagrando-se a campeã no que toca às cores automóveis, de acordo com um estudo divulgado pela Axalta Coating Systems.
A segunda mais escolhida foi o preto, com 18% das escolhas, seguindo-se o cinza e o prateado, ambos com 11%, e o azul e o vermelho, ambos com 6%.
Mais do que ser uma afirmação de estilo, a escolha de uma cor automóvel pode ter consequências futuras para o seu automóvel. Por exemplo, se escolher uma cor popular, será mais fácil vendê-lo posteriormente, mas também se expõe mais aos “amigos do alheio”.
O economista holandês Ben Vollard estudou o fenómeno dos roubos automóveis no seu país durante quatro anos e revela que automóveis pintados nas cores mais populares por lá (azul e cinza) são 40% mais suscetíveis de serem roubados.
“A explicação é a mesma”, diz Vollard, “o valor de revenda. Isso também é importante para vender os veículos roubados, por isso estes são alvos mais habituais”.
O economista refere ainda que uma cor berrante, como amarelo, é provavelmente tão eficaz como um avançado sistema de segurança e que as cores menos prováveis de serem roubadas são vermelho, laranja, castanho e verde.
Ainda que escassos, existem alguns estudos que apontam para que a cor do seu carro possa influenciar a segurança.
Um estudo do Centro de pesquisa em Acidentes Automóveis da universidade australiana Monash refere que os automóveis brancos têm 10% menos probabilidade de se envolverem em acidentes durante o dia, por serem mais visíveis, do que modelos pretos, azuis, cinza, verdes, vermelhos e prateados.
No entanto, alguns especialistas dizem que a utilização de luzes diurnas terá um efeito tão ou mais benéfico na segurança automóvel do que a escolha de uma cor mais visível.
Outro fator em que a cor influencia é nos gastos com manutenção. Se os modelos com cores escuras implicam maiores gastos por os pequenos riscos serem mais visíveis, os mais claros implicam lavagens mais frequentes, por a sujidade se notar mais rapidamente.
E, ao contrário do que poderia pensar, a utilização do ar condicionado também é influenciada pela cor. Nos climas mais quentes, os modelos com cores mais claras ganham vantagem, por refletirem melhor a luz.
O Centro de Pesquisa em Transportes da Universidade de Chicago, nos EUA, cita um estudo levado a cabo com dois Honda Civic (um preto e outro prateado) colocados ao sol. Depois de uma hora, a temperatura do habitáculo do modelo prateado era 10% mais baixa do que a do modelo preto.
E há ainda alguns especialistas que defendem que as cores mais claras chamam mais a atenção, logo são mais prováveis de ser mandados parar pela polícia. Mas isso não deverá ser problema se observar as regras do Código da Estrada.
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