A Rede Europeia Anti-Pobreza alertou para a falta de políticas governamentais para a inclusão durante a assinatura de um protocolo com a autarquia do Funchal, no valor de 20 mil euros, que visa criar um programa de formação e elaborar um diagnóstico da situação no município.
“Desde o 25 de Abril mudam os governos, mas as políticas mantêm-se. Mantemos sempre os índices estatísticos [da pobreza] entre os 18% e os 20%. Isto é, andamos a manter dois milhões de pobres no país. Isto não é política”, afirmou o responsável pela Rede Europeia Anti-Pobreza, Agostinho Moreira, durante a assinatura de um protocolo com o município do Funchal para a criação de um programa de formação e um diagnóstico da pobreza no município.
Agostinho Moreira disse que as situações de pobreza “em que caiem as pessoas resultam de injustiças, muitas vezes institucionais, e também do “modelo político que temos”.
“Não queremos alimentar a pobreza. Queremos tirar as pessoas da pobreza”, referiu.
O presidente da autarquia, Paulo Cafôfo, afirmou que este protocolo vai permitir “ajudar a dar substância às políticas sociais da autarquia”.
“Com a vossa experiência, termos uma ajuda em termos de consultadoria e de formação, para lidarmos de uma forma profissional e consciente [com as situações de pobreza] e elaborar um diagnóstico que nos garanta um conhecimento mais profundo da realidade no concelho”, realçou o autarca.
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