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Rui Rio: “Acordo de descentralização é bom para o PSD? É bom para Portugal”

O PSD e o Governo assinaram esta quinta-feira o acordo sobre a descentralização e os fundos europeus, em São Bento. Em conferência de imprensa, Rui Rio afirmou que haverá uma comissão independente para a Descentralização, nomeada pela Assembleia da República, com seis elementos, que apresentará mais do que um projeto de lei.
Cristina Bernardo
18 Abril 2018, 19h29

O presidente do Partido Social-Democrata (PSD) disse esta quinta-feira que o acordo sobre a descentralização e os fundos europeus, assinado com o Governo, é um “acordo transversal a mais do que uma legislatura”. Mesmo sem lhe terem colocado diretamente a questão, Rui Rio quis salientar que, se lhe perguntam se o acordo é bom para o partido, considera que é bom para o país: “E se bom para Portugal é bom para o PSD”, acrescentou.

“Faz hoje dois meses que tomei possse como líder do PSD e tenho seguido o princípio de Portugal em primeiro lugar e só depois o partido e nós próprios”, começou por explicar o dirigente social-democrata,aos jornalistas. Rui Rio lembrou, desta forma, que “o PSD está disponível para negociar” em matérias fraturantes: despesas, migrações, segurança e defesa, por exemplo.

“Pretendemos reforçar a posição de Portugal em Bruxelas”, disse o presidente do PSD, defendendo que “é preciso aumentar o orçamento de Bruxelas, que é de 1% do rendimento bruto da União Europeia”. Nesse sentido, frisou a importância de representar, pelo menos, 1,2% desse montante, arrecadado através de taxas de movimentos financeiros, multas pelo violação do Direito da Concorrência, etc.

Em conferência de imprensa, Rui Rio afirmou ainda que haverá uma comissão independente para a Descentralização, nomeada pela Assembleia da República e composta por seis elementos, que apresentará mais do que um projeto de lei.

António Costa: “O país tem de ser capaz de reunir esforços”

Depois da intervenção do líder social-democrata, o primeiro-ministro quis assegurar, aos meios de comunicação social, que se “congratula” por se ter associado ao PSD. “A descentralização é a pedra angular da reforma do estado”, caracterizou António Costa, no final desta tarde.

Em relação a esta posição conjunta, o chefe do Executivo português reforçou a ideia de que, “como consta do programa do Governo”, é “essencial” concordância “em matérias estruturantes como a reforma do Estado, que haja acordos políticos alargados”. “O país tem de ser capaz de reunir esforços”, sublinhou o governante. Para o primeiro-ministro, esta tem de ser uma estratégia da sociedade portuguesa e há questões que “transcendem a legislatura”. “Este governo resulta do facto de o Partido Socialista ter celebrado soluções conjuntas, e hoje existe e governa”, lembrou António Costa.

Notícia atualizada às 19h48

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