Em direto, na SIC Notícias, Pedro Santana Lopes confirmou esta noite que vai recandidatar-se à liderança do PSD, funções que já desempenhou entre 2004 e 2005 (quando substituiu Durão Barroso no cargo de primeiro-ministro). O atual provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) deverá enfrentar Rui Rio nas eleições diretas que já foram agendadas para 13 de janeiro de 2018. Por sua vez, o ex-autarca do Porto vai oficializar a sua candidatura amanhã, em Aveiro. Depois das desistências de Luís Montenegro, Paulo Rangel e Pedro Duarte, subsiste ainda a dúvida quanto à eventual candidatura de Miguel Pinto Luz.
“Eu acho que hoje é um dia de boas notícias: Portugal ganhou e eu sou candidato à liderança do PPD/PSD,” afirmou Santana Lopes, no decurso do programa semanal de debate e comentário político que protagoniza com António Vitorino (ex-governante do PS) na SIC Notícias. Referia-se à vitória da seleção nacional de futebol, colando-a ao anúncio da recandidatura.
Curiosamente, no mesmo estúdio da SIC Notícias que abandonou em setembro de 2007, devido a uma interrupção do seu comentário (sobre outra crise de liderança no PSD, quando Luís Marques Mendes estava prestes a ser destronado por Luís Filipe Menezes) para acompanhar a chegada de um treinador de futebol, José Mourinho, ao Aeroporto de Lisboa. “Eu vim aqui com sacrifício pessoal e sou interrompido por causa da chegada de um treinador de futebol… Acho que o país está doido! Não vou continuar a entrevista, acho que as pessoas têm de aprender,” sublinhou na altura.
Mas desta vez não resistiu a misturar o futebol com a política, cerca de 10 anos depois, no momento em que anunciou a recandidatura à liderança do PSD. Santana Lopes que, além dos cargos de primeiro-ministro e presidente do PSD, também foi presidente do Sporting Clube de Portugal. “Naturalmente candidato-me, como calcula, para levar o PPD/PSD a disputar as eleições legislativas de 2019 e para as ganhar. Não penso no segundo lugar, mas penso no primeiro,” declarou.
Santana Lopes disse que vai formalizar a candidatura quando recolher as assinaturas necessárias. “Começam a ser recolhidas amanhã,” revelou. Quanto à apresentação da candidatura, apontou para a próxima semana, mas sem garantias: “Conto fazer na semana que vem.” Ao contrário de Rio, tenciona admitir perguntas de jornalistas. E relativamente ao cargo de provedor que desempenha na SCML, informou: “Não vou sair já da Santa Casa. Preciso de mais algumas semanas para deixar tudo em ordem, para passar a pasta.”
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