No dia em que o Eurogrupo se reúne em Bruxelas, as medidas a curto prazo de alívio da dívida grega estão em cima da mesa do encontro, segundo o que Wolfgang Schäuble já tinha anunciado. No entanto, o governante alemão criticou essa hipótese, em entrevista publicada ontem.
“Atenas deve implementar as reformas necessárias”, referiu Wolfgang Schäuble, em entrevista ao jornal alemão “Bild”, lembrando que a Grécia ou aplica as reformas ou deverá sair da zona euro. “Se a Grécia se quiser manter no Euro não há maneira de o contornar – de facto, é completamente independente do nível da dívida”, assegurou em declarações ao mesmo jornal.
Questionado sobre se os eleitores alemães devem estar preparados para a inevitabilidade do alívio da dívida na véspera das eleições nacionais do próximo ano, Schäuble explicou que “isso não ajudaria a Grécia”, em declarações reproduzidas pelo “The Guardian“.
Desde 2010 que Atenas tem uma dívida estimada em 315 mil milhões de euros e pediu mais tempo e um programa de reembolso mais suave. O primeiro-ministro do país, Alexis Tsipras, tem defendido um alívio da dívida e pede um acordo ainda antes do Natal, que considera “essencial” para que o país consiga regressar aos mercados internacionais.
Na perspetiva do ministro grego com a pasta das Finanças, Euclid Tsakalotos, a situação é “tão grave quanto a vivida no Verão de 2015”. Nesse período, os gregos chumbaram as medidas dos credores e que Atenas recebeu o terceiro pacote de ajuda no valor de 86 mil milhões de euros.
A propósito do encontro de hoje, o comissário europeu para os Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, sublinhou no Twitter que União Europeia “precisa de uma posição fiscal positiva que suporte o crescimento”.
The #eurozone today needs a positive fiscal stance to support growth. My thoughts ahead of tomorrow's #Eurogroup https://t.co/5T4clUWO00
— Pierre Moscovici (@pierremoscovici) December 4, 2016
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