Terá Portugal um embaixador dos EUA? Mais de metade dos aliados da NATO sem representante norte-americano

A nova administração dos Estados Unidos celebra, este sábado, 100 dias à frente da Casa Branca, mas continuam ainda por nomear embaixadores em mais de metade dos aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), incluindo Portugal. A ordem dada “sem exceções” aos embaixadores políticos pelo presidente norte-americano, Donald Trump, obrigou os embaixadores dos Estados Unidos em todo o mundo a abandonar os respetivos postos, no mesmo dia em que tomava posse, e até agora não há sinais de os reaver em alguns países.

Em todo mundo são 40 os países que não têm agora qualquer representante diplomático norte-americano e várias as organizações internacionais, como a NATO, União Europeia (UE), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) ou a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), para onde os Estados Unidos ainda não nomearam embaixadores.

De acordo com a lista da American Foreign Service Association, só na NATO são 15 os países que ficaram sem embaixador após a tomada de posse do novo presidente, a 20 de janeiro.

Em Portugal, o advogado Robert A. Sherman, tal como os seus homólogos, cessou funções com a saída de Barack Obama e a ministra conselheira Herro Mustafa foi nomeada para assumir o cargo de encarregada de negócios até que um novo embaixador fosse nomeado e chegasse a Lisboa. Em comunicado, a embaixada norte-americana em Portugal indicou, na altura, que “é costume para todos os embaixadores políticos após o início de uma nova administração”, explicando a saída de Robert A. Sherman.

Até agora, Donald Trump nomeou apenas seis embaixadores para representações diplomáticas na China, República do Congo, Japão, Senegal/Guiné-Bissau, Israel e uma embaixadora junto das Nações Unidas. A semana passada foi anunciado mais uma possível nova nomeação para o cargo de embaixador na Nova Zelândia, que está ainda por confirmar.