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Topo da agenda: o que não deve perder na economia e nos mercados esta semana

Em Portugal, espera-se a saída do Procedimento por Défice Excessivo, enquanto na Europa, o foco esta semana estará na Grécia. No mercado petrolífero, os próximos dias serão marcados pela expetativa de uma extensão dos cortes de produção pela OPEP.
22 Maio 2017, 07h15

Fim do procedimento por défice excessivo

A semana começa com a expetativa que Portugal saia do procedimento por défice excessivo (PDE). A Comissão Europeia deverá anunciar a decisão esta segunda-feira durante a apresentação do “pacote da primavera do semestre europeu” pelos comissários europeus do Euro, Valdis Dombrovskis, dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, e do Emprego e Assuntos Sociais, Marianne Thyssen.

A apresentação do pacote, que inclui recomendações para cada país da zona euro, vai acontecer em Bruxelas às 11h30 locais (10h30 de Lisboa). Para Portugal, a previsão da Comissão Europeia é que o défice orçamental desça para 1,8% do PIB este ano e para 1,6% no próximo, depois dos 2% registados em 2016. As previsões de Bruxelas comparam com as do Governo, definidas no Programa de Estabilidade, de um défice de 1,5% este ano e de 1% no próximo.

Grécia concentra atenções na Europa

Os ministros das Finanças da zona euro reúnem-se esta segunda-feira, em Bruxelas, a partir das 13 horas locais (14 horas de Lisboa) com a Grécia no topo da agenda. Depois de o país ter chegado a um acordo preliminar com os credores e de ter aprovado na sexta-feira um novo pacote de austeridade, a Grécia espera agora que seja desbloqueado o próximo desembolso de assistência financeira pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade. O Eurogrupo vai discutir os objetivos orçamentais da Grécia a médio prazo (a partir de 2018) e as questões relacionadas com a sustentabilidade da dívida pública do país.

A situação económica da zona euro e a inflação no conjunto dos países da moeda única também estão na agenda da reunião. A semana europeia vai ser ainda marcada por dados do PIB na Alemanha, que são conhecidos na terça-feira, e do PIB no Reino Unido na quinta-feira. As estimativas indicam que a economia liderada por Angela Merkel tenha crescido 0,6% no primeiro trimestre no ano e a de Theresa May 0,3%.

OPEP discute acordo apoiado pela Arábia Saudita e Rússia

Quinta-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) volta a reunir-se, em Viena, para discutir o acordo de corte na produção que dura desde janeiro e tem o fim marcado para junho. Os resultados têm desapontado o mercado devido ao aumento dos inventários mundiais, a uma procura mundial abaixo do esperado e ao crescimento do petróleo de xisto nos EUA. Depois de os ministros da energia da Arábia Saudita e da Rússia terem defendido uma extensão do acordo, a expetativa é que seja anunciado um prolongamento.

Nos EUA, vão ser divulgados na próxima sexta-feira dados sobre o PIB no primeiro trimestre, um dia depois de serem publicadas as minutas da última reunião de política monetária da Reserva Federal norte-americana. Na reunião, que aconteceu a 3 de maio, o banco central dos EUA não anunciou qualquer alteração às taxas de juro ou programa de estímulos, mas os investidores, que esperam uma subida dos juros em junho, vão procurar nas minutas mais pormenores sobre a discussão entre os governadores.

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