Decisões de Draghi e Yellen
A política monetária vai estar em destaque esta semana, com a reunião mensal do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) marcada para esta quinta-feira, em Tallinn. A instituição liderada por Mario Draghi pode fazer alterações nas taxas de juro ou no atual programa de compra de ativos da zona euro, mas o consenso entre os analistas é que o BCE deverá deixar os mercados à espera pelo menos mais um mês. Na semana passada, Draghi afirmou que a retoma da economia da zona euro está cada vez mais forte, mas que a subida nos salários é contida, portanto é precoce pensar em mudar o rumo da política de estímulos. Apesar disso, poderá começar a dar pistas sobre um posterior fim do programa.
Do outro lado do Atlântico, a Reserva Federal norte-americana só tem reunião de política monetária para a próxima semana, mas vai apresentar na segunda-feira o índice de condições no mercado de trabalho nos EUA em maio. O mercado laboral, que a instituição tem referido estar quase na situação de pleno, é um dos fatores que vai ponderar na reunião, que os analistas acreditam poderá resultar na segunda subida dos federal funds este ano.
Inflação emergente
A China volta a estar em destaque esta semana, com a publicação de dados sobre a inflação de maio, na sexta-feira. Em abril, o índice de preços no consumidor acelerou para 6,4%, um ritmo mais lento do que o esperado. Estes dados são especialmente importantes depois de a agência de notação financeira Moody’s ter despromovido a China pela primeira vez desde 1989, baixando o rating da dívida do país em um nível para A1.
Ainda sobre os países emergentes, serão conhecidos dados sobre o PMI e sobre a inflação no Brasil, na segunda e na quinta-feira, respetivamente. O país encontra-se em plena crise política e os números seguem-se à decisão do Banco Central do Brasil de cortar a taxa de juros, na passada quarta-feira. Este foi o sexto corte consecutivo e levou as taxas de juro para níveis de novembro de 2013.
Economia global e o comércio internacional
Esta quarta-feira, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) vai divulgar o outlook económico para este ano, onde serão conhecidas as previsões da instituição para a economia global. Segundo dados publicados no mês passado, a economia nos países da OCDE desacelerou de forma “acentuada” para 0,4% no primeiro trimestre do ano face aos 0,7% dos três meses anteriores.
No dia seguinte, o Eurostat vai divulgar os números finais do PIB na zona euro no primeiro trimestre. Segundo a estimativa rápida, o PIB na zona euro terá acelerado 1,7% entre janeiro e março face ao mesmo trimestre do ano passado. já na União Europeia, o crescimento económico ajustado à sazonalidade terá sido de 2%. Na sexta-feira serão ainda conhecidas as estatísticas do comércio internacional português e a balança comercial no Reino Unido.
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