Em declarações ao Jornal Económico, António Miguel Ferreira, líder da Claranet em Portugal, defende que esta é uma evolução necessária. “Temos que ajudar Portugal a ganhar o desafio de transformação digital e ajudar os nossos clientes a alcançarem os seus objectivos”, diz.
O que a aquisição da ITEN acrescenta à empresa?
A Claranet já era um líder europeu, e único com presença em Portugal, reconhecido pela Gartner, na área de managed hybrid hosting.
Ou seja, a nossa oferta de serviços é bastante forte, na gestão de plataformas de dados e aplicações, alojadas ou nos nossos datacenters (private cloud) ou em infraestruturas de terceiros (public cloud, como Azure, AWS e Google), onde somos uma referência. A ITEN é o maior integrador nacional, com forte presença nas tecnologias de informação on-premises. Com esta aquisição, reforçamos o nosso posicionamento estratégico como Hybrid IT Provider. Conseguimos apresentar a melhor solução às organizações nossas clientes, quer o seu IT esteja on-premises, quer esteja em Private Cloud, quer esteja na Public Cloud.
Havia áreas em que concorríamos anteriormente, que agora saem francamente reforçadas com esta integração, em particular managed services em Azure, sesktop management e ferramentas de produtividade.
Que investimento global já foi feito, tendo em contas as outras quatro aquisições?
O valor do investimento destas cinco aquisições [feitas em Portugal] não é revelado. No entanto, esta nova aquisição é uma aposta significativa que o nosso grupo faz em Portugal, reforçando o investimento anterior.
Que objetivos foram cumpridos com as aquisições?
Alargámos o nosso portfolio de serviços e hoje conseguimos endereçar tecnologias de informação end-to-end, com uma oferta completa para as médias e grandes organizações, independentemente destes serviços serem prestados on-premises, a partir dos nossos datacenters ou na Cloud. Por outro lado, tornámo-nos um dos maiores e mais relevantes fornecedores de serviços de tecnologias de informação a nível nacional, em particular de managed services.
Como caracteriza a evolução da empresa?
Tem sido um percurso desafiante, mas muito motivador. E, sobretudo, vemos um grande potencial de desenvolvimento do mercado nacional no futuro. Como somos um fornecedor de serviços de IT de “nova-geração” (em modelo as-a-service), não temos um legado de IT tradicional a proteger. Temos uma oferta que permite às empresas acelerar a sua transformação digital.
Que expetativas tem de desenvolvimento da Claranet em Portugal?
Queremos acelerar o processo de migração do IT de on-premises, para Private e Public Cloud, colocando a nossa escala e eficiência, assim como o nível de serviço, ao dispor das organizações – públicas e privadas – que procuram ser mais competitivas, num mercado cada vez mais exigente e cada vez mais global. Temos que ajudar Portugal a ganhar o desafio de transformação digital e ajudar os nossos clientes a alcançarem os seus objectivos… o que nós traduzimos no lema “helping our customers do amazing things”.
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