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Trabalhadores dos CTT em greve a 21 e 22 de Dezembro

Com greve de dois dias convocada, os trabalhadores dos correios exigem a contratação de mais pessoal, a melhoria das condições de trabalho e a reversão da privatização dos CTT.
Rafael Marchante/Reuters
7 Dezembro 2017, 12h53

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT/CGTP-IN) revela que que os trabalhadores dos CTT – Correios de Portugal têm greve marcada para os dias 21 e 22 de Dezembro contra aquilo que designam “ a destruição dos CTT”.

Em comunicado, o Sindicato ponta as razões do protesto, destacando “a deterioração do serviço universal de correio”. Para o SNTCT, desde a sua privatização, ocorrida em 2014 pelo Governo do PSD e do CDS-PP, decorrem “constantes anomalias” nos CTT, como o atraso de 15 dias úteis na entrega do correio, o aumento dos tempos de espera, trabalhadores a realizar mais de dez horas de trabalho diário, o fecho de postos de correios e a falta de trabalhadores.

O protesto dá-se igualmente, frisa o Sindicato, contra “os despedimentos encapotados”, “o assédio”, e a “destruição dos postos de trabalho”.

O SNTCT já havia denunciado que se tem verificado a nível nacional situações de “perseguição” a trabalhadores para que aceitem propostas de rescisão amigável, demonstrando “o intuito de reduzir o número de trabalhadores” ou substituí-los por “trabalhadores com contrato de trabalho a termo certo” ou “agências prestadoras de serviços, com trabalhadores a recibos verdes”.

Os trabalhadores manifestam-se, explica o comunicado, ”contra a entrega de estações a terceiros”, contra “a destruição de património dos CTT” e contra “a gestão apenas a favor dos accionistas”. São ainda destacados os motivos do não pagamento do trabalho extraordinário e do “abuso” exercido sobre os contratados a prazo “em relação ao prolongamento ilegal do horário”.

O Sindicato exige “a prestação do serviço universal com qualidade”, assim como a admissão de mais 300 trabalhadores, a integração “dos contratados e agenciados”, a melhoria das condições de trabalho e a reversão da privatização dos CTT.

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