A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, anunciou novos investimentos e contratos com Cuba e sublinhou a vontade da UE em acompanhar a transição política histórica em abril.
“Abrimos um novo capítulo nas nossas relações e desejamos mais investimentos e relações económicas com Cuba”, declarou na quinta-feira, em Havana, Mogherini.
A responsável europeia sublinhou que “a situação dos direitos humanos” no país continua a ser fundamental para a UE.
“Penso que o nosso diálogo é extremamente útil. As nossas posições são ainda distantes e diferentes”, acrescentou, na conferência de imprensa no final da visita de dois dias a Havana.
Durante a visita, dominada pela aplicação do acordo histórico “de diálogo político e de cooperação” concluído em dezembro de 2016, a Alta Representante da UE para a Política Externa e de Segurança sublinhou ainda a vontade dos 28 em “acompanhar a transição presidencial na ilha”. Uma “etapa histórica”, declarou.
Raul Castro vai abandonar a presidência a 19 de abril. Pela primeira vez desde 1959, um dirigente da nova geração deverá ser nomeado para o cargo.
No plano económico, Mogherini anunciou que a UE se tornou, no ano passado, no primeiro parceiro comercial da ilha. As trocas comerciais entre as duas partes ultrapassaram os 2,4 mil milhões de dólares (cerca de 1,9 mil milhões de euros) em 2016.
A chefe da diplomacia europeia assinou três acordos de cooperação com Cuba, num montante de 49 milhões de euros, nos setores das energias renováveis (18 milhões), da agricultura (21 milhões) e da cultura (dez milhões).
O primeiro conselho conjunto entre a UE e Cuba vai realizar-se a 29 de fevereiro “para avançar nos acordos” de cooperação e, no fim do mês, uma delegação do Banco Europeu de Investimento visitará a ilha “para estudar” acordos conjuntos, sublinhou Mogherini.
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