Enquanto a União Europeia (UE) e os Estados Unidos da América (EUA) estão “cada vez mais preocupados com os fluxos de capitais que chegam da China”, na forma de investimento direto estrangeiro, a reação do Governo português perante a Oferta Pública de Aquisição (OPA) da China Three Gorges sobre a EDP “destoa e rompe qualquer esforço da UE para evitar a ‘invasão’ económica do gigante asiático”, salienta o jornal espanhol “El Economista”, na edição de hoje, dia 22 de maio.
“As divergências dentro da Europa geram um sério problema para colocar em marcha as fórmulas que a UE quer implementar como bloqueio, que têm como objetivo evitar que a China se estabeleça em setores estratégicos, transfira conhecimentos-chave para as suas empresas e termine a controlar esses segmentos da economia”, alerta o mesmo jornal.
De acordo com o “El Economista”, a falta de entendimento no seio da Europa viu-se recentemente no caso EDP, isto é, no que concerne à OPA da China Three Gorges sobre a EDP. “O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, mostrou-se absolutamente aberto a receber o investimento direto estrangeiro de Pequim, ainda que isso suponha perder o controlo de uma empresa emblemática”. Ou seja, enquanto a UE e os EUA tentam limitar o investimento chinês, Portugal como que “escancara as portas”.
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