O presidente Donald Trump vai apresentar esta segunda-feira o segundo orçamento do Estado desde que chegou à Casa Branca e deverá tentar cumprir algumas das promessas eleitorais que continuam em aberto. Entre as principais medidas estão o investimento em infraestruturas e construções, o aumento da despesa em segurança e programa de tratamento contra opiáceos.
A proposta contou com os contributos do Congresso, que tem autoridade para decidir sobre despesas públicas, mas mesmo assim deverá receber críticas da ala mais conservadora, que aponta os riscos do orçamento para o défice do país.
O responsável da administração para o orçamento, Mick Mulvaney, explicou as linhas gerais numa entrevista à Fox News, este domingo. A proposta inclui 200 mil milhões de dólares para infraestruturas, que constitui a primeira fase de um investimento de 1,5 biliões de dólares em investimentos nos próximos dez anos, em parceria com entidades estatais, locais e privadas.
Uma das principais construções será o tão polémico muro com o México, para o qual Donald Trump quer destinar 18 mil milhões de euros nos próximos dois anos. Além disso, haverá mais de 23 mil milhões para segurança fronteiriça, sendo que Mulvaney afirmou que a administração pretende investir “numa defesa nacional reconstruída e robusta”.
Outros dois pontos são financiamento de 85,5 mil milhões de dólares para saúde de veteranos e 13 mil milhões de dólares para combater o uso de opiáceos nos próximos dois anos.
No entanto, nem tudo são despesas ambiciosas. Mulvaney também anunciou que o orçamento irá recomendar cortes, que permitam reduzir o défice orçamental no país para três biliões de dólares ao longo dos próximos 10 anos. “O orçamento leva a trajetória para baixo, leva-nos de volta ao equilíbrio e para longo de défices na ordem dos biliões de dólares”, afirmou o responsável pelo gabinete do orçamento, à Fox News.
A proposta de orçamento será entregue no Congresso dias depois de Trump ter assinado um acordo bipartidário, que aumenta as despesas, pelo que os valores finais ajustados ao acordo ainda não são conhecidos. Esta tarde, Donald Trump poderá voltar a ser alvo de críticas, depois de o primeiro orçamento ter sido considerado inatingível devido aos planos de despesa ambiciosos e aos pedidos de controlo no défice.
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