O ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social terá sido a principal figura por trás do acordo de entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no capital do Montepio Geral, conta o “Expresso” na edição deste sábado.
O semanário consultou a ata de uma reunião extraordinária da direção da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que aconteceu a 31 de março, onde se mostra que José Vieira da Silva foi fundamental para o avanço do negócio, o qual via com “interesse e empenho”, de acordo com fontes do processo.
“Na última reunião havida com a tutela foi transmitida por Sua Excelência o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Dr. José Vieira da Silva, a intenção do Governo em que a da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa participe no processo de reestruturação do Montepio Geral”, refere o diploma, citado pela mesma publicação. Assim, a instituição social decidiu realizar “uma análise exaustiva deste processo, com recurso a especialistas na matéria”.
Segundo o “Expresso”, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também terá incentivado Pedro Santana Lopes a seguir em frente com as negociações, mas acabou por concluir: “Não há estudo, não há auditoria, não há decisão”, indicam as mesmas fontes. Por outro lado, o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, terá dito a Pedro Santana Lopes que este era um acionista idóneo, porém, a Santa Casa teria de avaliar, tendo em conta o seu património, se era um bom negócio.
José António Vieira da Silva e Pedro Santana Lopes não quiseram fazer comentários ao jornal.
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