O Banco Central Europeu (BCE) optou esta quinta-feira por manter o rumo inalterado apesar do stress na banca internacional na última semana, voltando a subir os juros em 50 pontos base (p.b.). A taxa de referência para a zona euro fica assim fixada em 3%.
A expectativa quanto ao anúncio desta quinta-feira era bastante, depois das falências nos EUA e da queda em bolsa do Credit Suisse, mas a autoridade monetária europeia optou por voltar a subir os juros de forma agressiva, sinalizando que as dificuldades no banco suíço não alteram o curso da sua política.
O BCE diz que se mantém “a monitorizar as atuais tensões de mercado atentamente” e está “pronto para responder como necessário para preservar a estabilidade de preços e financeira na zona euro”, falando num sector “resistente, com posições de liquidez e capital fortes”. Ainda assim, o banco estará preparado para fornecer liquidez ao sistema caso seja necessário.
Os mercados levantaram algumas dúvidas quanto à magnitude da subida nos últimos dias, atribuindo uma probabilidade crescente a uma subida de 25 p.b., mas o cenário base continuava a passar por 50 pontos. O que se alterou substancialmente foram as reuniões futuras: a taxa terminal deve ser mais baixa do que projetado no início deste mês e o pico do aperto monetário deve ocorrer mais cedo.
“O BCE está agora menos comprometido com novas subidas no segundo trimestre, se compararmos [a nota de impressa desta quinta-feira] com a nota de fevereiro”, projeta a análise da Pantheon Macro, considerando as alterações na comunicação positivas, ao sinalizarem que o banco não está “desligado das realidades no terreno”.
[notícia atualizada às 13h43]
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