O colapso do Silicon Valley Bank (SVB) vai ter “efeitos limitados na economia”. Esta é a perspetiva apontada pela seguradora Crédito y Caución, sobre aquela que é considera a maior falência bancária desde a crise financeira de 2008.
“Esperamos que a preocupação se dissipe à medida que a confiança é restaurada devido às medidas de suporte de liquidez da administração, garantias implícitas e evidências de que o contágio não está afetando bancos sistemicamente importantes”, refere Dana Bodnar, economista da Atradius, citado pela seguradora em comunicado.
Ainda no mercado económico dos Estados Unidos, a seguradora considera ser improvável que “a Reserva Federal reverta a sua política monetária e antecipa um aumento de 25 pontos base”.
Recorde-se que o Banco Central Europeu (BCE) já tinha avançado com uma subida de 50 pontos base na passada quinta-feira.
Por outro lado, a seguradora prevê que o sector financeiro seja mais restritivo na concessão de crédito, já marcado por altas taxas de juros, dado que as empresas vão ser “obrigadas a escolher entre repercutir os novos custos financeiros nos seus preços finais ou assumi-los à custa da redução das suas margens, o que diminuirá a sua rentabilidade e terá impacto no seu risco de crédito”.
Desta forma, a Crédito y Caución estima que as empresas mais alavancadas e que “necessitam de refinanciar a sua dívida a taxas de juro mais elevadas”, bem como os sectores que “dependem da capacidade financeira das famílias”, em áreas como o automóvel, construção, imobiliário ou de consumo duradouro, vão ser as mais afetadas.
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