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“Quando medimos o impacto da digitalização as oportunidades multiplicam-se”

O responsável da área de Novo Negócio B2B da NOS contou esta terça-feira, na conferência Dare2Change, como é que fábrica da Sumol+Compal em Almeirim utilizou o 5G nos últimos dois anos. Pedro Tété Machado desafia mais empresas da indústria agroalimentar a tentar digitalizar a produção.
21 Março 2023, 16h00

Aprendam com a Sumol+Compal a digitalizar as unidades de produção. Esta foi a principal mensagem que o responsável de Novo Negócio B2B (Business to Business) da NOS quis deixar aos empresários do sector secundário presentes na conferência Dare2Change, dedicada à inovação e ciência na indústria agroalimentar, que decorre esta terça-feira no centro de congressos Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, no Porto.

“Quando conseguimos medir os impactos desta digitalização as oportunidades multiplicam-se”, disse Pedro Tété Machado, num painel de apresentação dos resultados da primeira fábrica 5G em Portugal, a da Sumol+Compal em Almeirim.

Sem detalhar quais foram os resultados deste projeto anunciado em novembro de 2021, o responsável de Novo Negócio B2B da NOS referiu que, quando abraçou este projeto, a dona dos famosos sumos de fruta procurou reduzir os tempos de set up, diminuir as horas de perdas (microparagens, avarias…) e melhorar a eficiência do planeamento, além dos impacto indiretos como a redução do desperdício da matéria-prima e dos custos de produção.

Segundo Pedro Tété Machado, a Sumol+Compal quis, desde o início, começar a olhar para outras disrupções, entre as quais a utilização de uma aplicação móvel e de óculos de Realidade Aumentada (RA) para que os operários fabris façam scans ao material e equipamentos e recebam, diretamente, informações sobre os mesmos, nomeadamente através de interações com outros profissionais da empresa ou externos (por via de chamadas imersivas). Ou seja, receber os dados no ecrã e nas lentes e ligar a quem for preciso com eventuais dúvidas que surjam.

Pedro Tété Machado explicou à audiência que a fábrica “movida” a rede móvel de quinta geração contou com apoio end-to-end (do início ao fim) no processo e customização e mostrou como a RA foi utilizada na maquinaria para verificar o estado da mandíbula de pressão, lubrificação, peróxido de hidrogénio, entre outros.

Questionado, nesta conferência promovida pela PortugalFoods, Colab4Food e INIAV, sobre se as empresas preparadas para a revolução tecnológica, o porta-voz da NOS garantiu que “o 5g vem acelerar as oportunidades de forma transversal”, há que “dotar os recursos humanos com as frameworks necessárias para endereçar estes desafios” e estima-se que esta tecnologia tenha um maior ainda impacto nas empresas do que nos cidadãos.

O plano de investimento da Sumol+Compal para 2019-2022 foi de 45 milhões de euros, entre os quais se incluem os 15 milhões de euros destinados a automatizar um armazém na cidade ribatejana de Almeirim com 12 mil metros quadrados para onde se pretendia que houvesse uma duplicação da capacidade de armazenamento, aumento da rapidez de expedição, redução dos stocks de produtos acabados e anulação dos duplos transportes de mercadorias. Em causa equipamentos logísticos capazes de processar mais de 600 paletes por hora.

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