O Banco Nacional da Suíça (BNS) optou esta quinta-feira por subir os juros diretores em 50 pontos base (p.b.) apesar da turbulência dos últimos dias na banca, sobretudo no Crédit Suisse. Esta foi a quarta subida consecutiva, levando a taxa de referência a 1,5%, numa decisão esperada pelos mercados.
No comunicado que informou da decisão, o BNS reconhece o peso da inflação na definição da política monetária, caracterizando a pressão nos preços como “ampla”. Como tal, “mais subidas na taxa diretora podem ser necessárias”, deixando a porta aberta a “ações no mercado internacional de divisas”.
Recorde-se que a inflação voltou a subir de forma inesperada em fevereiro, o segundo mês seguido de aumentos e a leitura mais elevada desde agosto do ano passado, com 3,4%. As projeções atualizadas do BNS apontam agora a 2,6% no final deste ano para o indicador de preços, o que ainda fica acima do objetivo de 2%.
Por outro lado, os problemas na banca parecem “contidos”, depois da intervenção rápida do banco central e das autoridades helvéticas. O BNS apressou-se a chegar à frente com uma linha de liquidez de 50 mil milhões de francos suíços (50,17 mil milhões de euros) para travar a queda do Crédit Suisse em banca, que ameaçava gerar um efeito de contágio que colocaria em risco todo o sistema financeiro europeu.
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