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Depois do Credit Suisse, pressão nos mercados vira-se para o Deutsche Bank. Ações caem 12%

O Deutsche Bank está sob forte pressão nos mercados financeiros esta sexta-feira, com as ações a tombarem 12% e o custo dos contratos de seguro contra incumprimento (CDS) do banco a saltar para máximos de quatro anos. Alerta foi dado pela Reuters.
24 Março 2023, 11h29

As ações do Deutsche Bank estão a cair 12,34% na bolsa de Frankfurt o que é um sinal que a crise do sector financeiro despoletada pela subida dos juros dos bancos centrais ainda está longe de estar concluída.

Os credit default swaps (CDS) que medem a probabilidade de falência, atingem o máximo de quatro anos.

As ações do Deutsche Bank estão a tombar devido precisamente ao custo dos contratos de seguro contra incumprimento do banco estar a disparar, salientando as preocupações dos investidores com a estabilidade global dos bancos europeus.

Os bancos europeus tiveram uma viagem difícil na última semana com uma operação despoletada pelas autoridades suíças para salvar o Credit Suisse e uma agitação entre os bancos regionais dos EUA, alimentando preocupações sobre a saúde do sector bancário global.

As ações da Deutsche perderam mais de um quinto do seu valor até agora este mês, diz a Reuters.

Os credit default swaps (CDS) do Deutsche Bank – uma forma de seguro para detentores de obrigações – dispararam acima dos 200 pontos base (bps) – o máximo desde o início de 2019 – de 142 bps há apenas dois dias, com base em dados da S&P Market Intelligence.

O EuroStoxx 50 cai  mais de 2% esta manhã mas o sub-índice de ações de bancos está a perder mais de 4%.

A  desvalorizar estão também os títulos de dívida AT1 emitidos pelo banco  a 7,5%  – dívida altamente subordinada e que foi completamente anulada no Credit Suisse para recapitalizar o banco levando os seus detentores a considerarem-se lesados e a avançarem para tribunal.

“O Deutsche Bank tem estado no centro das atenções há já algum tempo, de forma semelhante à forma como o Credit Suisse tinha sido”, disse Stuart Cole, economista macro-chefe da Equiti Capital à Reuters. “Passou por várias reestruturações e mudanças de liderança nas tentativas de o recuperar numa base sólida, mas até agora nenhum destes esforços parece ter funcionado realmente”, acrescenta.

O Deutsche Bank recusou-se a comentar quando contactado pela Reuters e o regulador da indústria financeira alemã BaFin não fez comentários.

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