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“Quem manda na Europa são os alemães”, diz presidente da Stellantis

O português Carlos Tavares defende que os carburantes sintéticos, que a Comissão Europeia autorizou além de 2035, “não são totalmente neutros neste momento”, embora ainda o possam vir a ser. “O custo de produção vai ser muito elevado, seis a oito euros por litro” e a mobilidade pode vir a tornar-se “apenas acessível aos mais ricos”.
1 Abril 2023, 12h29

O presidente do grupo Stellantis, Carlos Tavares, admite que “quem manda na Europa são os alemães” no que trata a última decisão da Comissão Europeia relativamente à indústria automóvel e o fim dos combustíveis poluentes.

A Comissão Europeia deixou a porta aberta para a indústria automóvel manter o fabrico de veículos poluentes além de 2035 desde que sejam usados com combustíveis sintéticos. Na opinião do português e presidente do terceiro maior fabricante automóvel desde 2014, ao “Público”, a Europa cedeu perante uma exigência do governo alemão.

“A primeira conclusão que se deve tirar é que quem manda na Europa são os alemães”, disse à publicação. “Foram os únicos [alemães] que foram dizer que não e aquilo parou tudo. Na Europa, quem manda são os alemães e essa é a primeira conclusão geopolítica. Se tivesse sido Portugal a dizer que não, aquilo passava”, defendeu o gestor.

As declarações de Carlos Tavares foram proferidas após a apresentação do projeto de transformação da fábrica da Stellantis em Mangualde (antiga PSA) para a produção de veículos elétricos.

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