A área de reabilitação urbana (ARU) de Lisboa registou um investimento estrangeiro de 894,3 milhões de euros no ano passado, num total de 78 nacionalidades, que adquiriram 1.655 casas, segundo os dados revelados pela Confidencial Imobiliário esta quarta-feira, 5 de abril.
O investimento médio por operação foi de 540,4 mil euros. Contudo, volume total ficou 7% abaixo do verificado em 2021 (957,5 milhões de euros), sendo que o número de imóveis adquiridos desceu 10% (1.845 habitações), enquanto se registaram 86 nacionalidades. Já o ticket médio de investimento registado em 2022 ficou 4% acima dos 519,5 mil euros contabilizados em 2021.
Ao nível das freguesias, Santo António (138 milhões), Estrela (135,3 milhões), Arroios (97,9 milhões), Misericórdia (89,3 milhões), Avenidas Novas (78,1 milhões) e Santa Maria Maior (76,5 milhões) continuam a ser os alvos preferenciais dos estrangeiros, com quotas de 15% a 9% do investimento estrangeiro em montante no ano passado.
Por nacionalidades, os franceses (18%) norte-americanos (13%), chineses (11%), britânicos (8%) e brasileiros (7%) continuam a dominar o com quase 60% do investimento.
Os brasileiros foram quem mais investiu por operação, com um ticket médio próximos dos 700 mil euros, enquanto os franceses investiram, em média, 625,9 mil euros por transação. Já os norte-americanos, chineses e britânicos apresentaram tickets de investimento na ordem dos 500 mil euros.
No que aos portugueses diz respeito, o investimento na ARU de Lisboa foi de 1.513 milhões de euros, que representaram um total de 4.090 habitações. Este valor significou uma descida de 4% face ao ano de 2021, enquanto o número de imóveis caiu 8%. Os portugueses investiram 369,9 mil euros por transação em 2022. Ou seja, os estrangeiros investiram mais 45% por operação.
Entre estrangeiros e portugueses, foram adquiridos cerca de 5.750 imóveis de habitação na ARU de Lisboa num investimento global de 2.407 milhões de euros em 2022.
Ricardo Guimarães, Diretor da Confidencial Imobiliário, afirma que “os níveis de atividade, em termos de montante investido, imóveis adquiridos e nacionalidades ativas, ficam pouco abaixo de 2021, sendo que este último foi um ano recorde influenciado por um contexto de corrida às aquisições para obtenção dos vistos gold, cujas regras seriam alteradas”.
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