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Madeira: associação de produtores de banana denuncia falta de pagamento da GESBA

A associação diz que a falta de pagamento é referente à banana faturada a 31 de dezembro de 2022. A associação acusa a empresa de gestão do sector da banana de “defraudar escandalosamente a ajuda comunitária da banana do agricultor, diminuindo o preço pago ao produtor”.
17 Abril 2023, 14h36

A Associação de Organizações de Produtores de Banana da Madeira (ABAMA) denunciou a falta de pagamento da Empresa de Gestão do Sector da Banana da Madeira (GESBA) de 16 semanas da banana faturada em 31 de dezembro de 2022.

O representante da ABAMA, Antonino Abreu, sublinhou que os agricultores já pagaram os impostos (IVA, Segurança Social, IRS) sem ter o recebido.

“A ABAMA vem solicitar respeito pelos agricultores, que estão a sofrer grandes dificuldades financeiras, com os aumentos dos produtos fitossanitários (duplicaram), luz, água, salários, segurança social, contabilidade, IVA, IRS,  etc. A GESBA foi constituída com a falsa promessa de resolver os problemas do sector da banana da Madeira, “revolucionar o sector”, e aumentar o rendimento ao produtor de banana, mas na realidade foi constituída para defraudar escandalosamente a ajuda comunitária da banana do agricultor, diminuindo o preço pago ao produtor, que recebia em 2005: Banana  extra 0,60 euros/kg ; Banana de primeira  0,51 euros/kg e Banana de segunda 0,30 euros/kg mais a ajuda comunitária. É importante informar a todos os agricultores e o público em geral que o valor pago ao produtor de banana por categoria é inferior em média 0,30 euros/kg em relação ao ano 2005″, diz a ABAMA.

A associação acusa a GESBA de se “esconder no segredo comercial para manietar a opinião pública e os agricultores, para fabricar a política da terra queimada, não aumentar a banana e escravizar cada vez mais os produtores de banana e funcionar em regime de monopólio situação única em todo o espaço europeu, atirando areia para os olhos dos agricultores e da população em geral”.

A ABAMA sublinha que está apostada em “defender apenas os interesses dos produtores da banana da Madeira, aqueles que metem as mãos na terra, defendem a qualidade do que se produz, valorizando a nossa ilha, quer para o turismo, quer a paisagem, quer o meio ambiente, como os postos de trabalho, alavancar a economia local e a marca banana Madeira”.

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