Glintt duplica lucros para 3,2 milhões em 2022

A tecnológica portuguesa Glintt – Global Intelligent Technologies apresentou esta segunda-feira um resultado líquido de 3,2 milhões de euros em 2022, o que representa um crescimento de 100,05% em relação a 2021.

O volume de negócios consolidado fixou-se nos 112,6 milhões de euros, mais 9,8% em termos homólogos. “Para este resultado contribuiu o crescimento de 5% do volume de negócios no mercado nacional e de 21% no mercado internacional”, explicou a cotada na Euronext Lisbon, no relatório financeiro publicado esta tarde pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O resultado operacional bruto (EBITDA) da Glintt no ano passado foi de 18,5 milhões de euros, superior em 26,4% (ou 3,9 milhões de euros) comparativamente a 2021, e a margem de EBITDA subiu de 14,3% para 16,4%, por causa da “maior eficiência operacional e da melhor adequação da oferta comercial aos clientes”, na visão da tecnológica nacional.

O crescimento orgânico foi transversal a todas as unidades de negócio, sobretudo as de Farmácia na Península Ibérica e da ‘Nexllence’, de consultoria tecnológica. Em Espanha, as aquisições das empresas Concep – obras em farmácia – e Farmatools – software hospitalar – também contribuíram, de forma inorgânica, para este crescimento, segundo a empresa com sede em Sintra.

O rácio de autonomia financeira foi de 42,5% em 2022, mais alto do que o ano anterior, mas ainda abaixo dos níveis pré-pandemia (43,8%). Já a dívida caiu para cerca de 39,6 milhões de euros, à qual equivale um rácio de dívida líquida/EBITDA de 2,1.

“O ano de 2022 ficou marcado pela instabilidade dos mercados financeiros, com o aumento da inflação e das taxas de juro. Também o início do confronto militar entre a Ucrânia e a Rússia marcou o ano de 2022, agravando problemas nas cadeias de abastecimento e aumentando o clima de instabilidade e de incerteza para as economias nacional e mundial. Mesmo assim, e com o forte empenho dos seus colaboradores, a Glintt conseguiu um resultado muito positivo para o qual muito contribuíram em especial as áreas de Farmácia e Nexllence, em Portugal e em Espanha, permitindo o sólido crescimento da atividade da empresa”, destacou o CEO da Glintt, no documento enviado à CMVM.

Para Luís Cocco, “estes últimos anos foram de crescimento para a Glintt, apesar dos inúmeros desafios que temos vindo a enfrentar”. “Perspetivamos para 2023 um crescimento sustentado no que respeita ao volume de Negócios, ao EBITDA e ao resultado líquido”, estimou, sem apresentar mais detalhes sobre a previsão de contas para este ano.