A inflação está fora de controlo na Argentina e se na Europa e nos EUA a dúvida é o ritmo de subida das taxas de juro, o banco central deste país sul-americano debate-se com decisões ainda mais difíceis. Enquanto na zona euro o ritmo de subida é de 50 em 50 pontos básicos (com consequências evidentes para a carteira das famílias), na Argentina esse ritmo vai casa das centenas.
O Banco Central da Argentina decidiu subir em 300 pontos a taxa de política monetária, colocando as taxas de juro na casa dos 81%, de acordo com informação adiantada pela imprensa económica do país e repercutida esta sexta-feira no espanhol “El Economista”.
A perspetiva de nova subida das taxas de juro é conhecida uma semana depois de se conhecerem os detalhes do quadro inflacionista na Argentina referentes ao mês de março: a inflação subiu 104,3% em comparação com o mesmo mês de 2022 e mais duas décimas do que em fevereiro, mês em que este dado chegou a uns impressionantes três dígitos. Por outro lado, a inflação mensal foi de 7,7%, a maior cifra registada no último ano.
Após o Banco Central deste país ter mantido as taxas de juro em 75% durante seis meses, o regulador começou a optar por subidas mais drásticas. A última decisão teve lugar a 16 de março e passou por elevar a taxa para 78% com uma nova subida de 300 pontos.
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