Numa altura de turbulência, Vieira da Silva desaconselha mudanças na fórmula das pensões e elogia prudência que o Governo tem demonstrado. Em entrevista, no âmbito de uma conferência promovida pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (OROC), o ex-ministro fala ainda sobre salários, a lei laboral e a maioria absoluta.
Vem aí um aumento intercalar das pensões. Como é que vê esta nova subida?
De uma forma positiva, principalmente porque é reflexo de um comportamento da economia portuguesa e das finanças do Estado. Quando houve em 2022 uma antecipação de uma parte do aumento das reformas, muita gente disse que isso significaria que em 2024 o aumento não corresponderia àquilo que a lei previa. O que o Governo agora faz é colocar as pensões no valor em que elas estariam se não houvesse este duplo pagamento em 2022 e 2023. Ninguém vai ter prejuízo nos anos futuros.
Não teria feito mais sentido dar logo em janeiro a atualização plena?
A antecipação que foi feita foi justificada por duas razões: as contas públicas permitiam fazer isso, como se verificou, depois, com o défice que tivemos em 2022; E porque estávamos numa altura de crescimento intenso da inflação e, portanto, havia razão para antecipar rendimentos aos pensionistas. Se se tivesse feito no início de 2023 um aumento, esquecendo aquilo que já tinha sido feito, acho que teria sido um pouco imprudente.
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