À saída de uma sessão plenária no parlamento sobre a política setorial de ciência e ensino superior, Elvira Fortunado disse à Lusa que o aviso do concurso será lançado em julho, sem adiantar quando decorrerá o prazo para a submissão de candidaturas nem quantas vagas serão abertas.
O concurso, cujo financiamento será assegurado maioritariamente pela FCT e no restante pelas universidades, em percentagens a definir, destina-se aos investigadores-doutorados que foram contratados ao abrigo da lei de estímulo de emprego científico e cujos contratos terminaram ou estejam a terminar.
Ao abrigo desta lei, de 2017, os contratos de trabalho têm um prazo máximo de seis anos, findos os quais os investigadores têm a possibilidade de ingressar na carreira de investigação científica, processo que tem enfrentado a resistência de universidades, que têm optado por contratar para a carreira docente.
A ministra da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior disse à Lusa que o novo concurso da FCT, cuja periodicidade está também por definir, visa garantir a “flexibilidade entre carreiras” docente e de investigação científica, permitindo suprir também as aposentações de professores universitários.
Elvira Fortunado assegurou que o modelo proposto será apresentado aos sindicatos.
Na sua intervenção inicial no plenário, a ministra afirmou que estava “em fase de finalização uma medida” destinada a combater a “prolongada precariedade no sistema científico, criando perspetivas de carreira que tenham em conta as atuais e futuras gerações de doutorados”.
Na dependência do Governo, a FCT é a principal entidade que subsidia a investigação científica em Portugal, nomeadamente através de bolsas, contratos de trabalho e apoios a projetos ou instituições.
O ingresso na carreira, de forma mais consistente, tem sido reclamado pelos cientistas há vários anos.
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