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Receio de uma crise bancária é exagerado, diz Crédito y Caución

A companhia descarta a possibilidade de uma crise bancária de forma iminente, seja à escala global ou limitada aos Estados Unidos ou à Europa.
4 Maio 2023, 10h57

A Crédito y Caución não descarta que possam ocorrer novas falências bancárias, mas sem uma crise financeira comparável à de 2008. É essa a conclusão do mais recente relatório divulgado pela seguradora de riscos de crédito.

A companhia descarta a possibilidade de uma crise bancária de forma iminente, seja à escala global ou limitada aos Estados Unidos ou à Europa.

O relatório divulgado pela seguradora analisa a pressão acumulada sobre o sistema financeiro num contexto de restrição monetária para lutar contra a inflação. Nele pode ler-se que “graças às reformas regulatórias posteriores à grande crise financeira, a posição de capital dos bancos é mais sólida, assim como a qualidade do capital”.

“Em segundo lugar, a liquidez melhorou e os bancos detêm maiores quantidades de ativos líquidos para garantir os fluxos de caixa e as necessidades de garantias para períodos de stress. Em terceiro lugar, não vemos nenhum equivalente às hipotecas de alto risco e aos valores suportados por hipotecas que destruíram a insolvência bancária na grande crise financeira”, explica o relatório que destaca que “os bancos europeus encontram-se numa posição muito melhor que em 2007, com altos índices de liquidez e baixos níveis de morosidade. Inclusive, as margens melhoraram devido às fortes subidas de juros do Banco Central Europeu”.

Após as falências de bancos em março, os bancos centrais incorporaram nos seus processos de tomada de decisões as preocupações com a estabilidade financeira, abrandando a subida dos juros na sua luta contra a inflação. No entanto, os acontecimentos atuais são essencialmente deflacionistas, defende a Crédito y Caución que diz muitos bancos enfrentam perdas nos ativos dos balanços pelo que os seus empréstimos ver-se-ão limitados.  Isto implicará menos investimento e crescimento económico no ambiente empresarial, bem como menos consumo de bens duradouros.

A conclusão é que, apesar da maior prudência da Reserva Federal e do Banco Central Europeu no endurecimento monetário, a menor pressão por parte da procura deprimirá os preços e reduzirá as pressões inflacionistas, segundo a companhia de seguros de crédito interno e de exportação em Portugal, onde tem uma quota de mercado de 24%.

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