A startup Koolboks, oriunda da Nigéria, foi a vencedora da final do primeiro programa internacional de startups lançado pela Galp. A empresa fundada em 2018 recebeu 50 mil euros por ter desenvolvido uma solução de refrigeração sustentável para o continente africano, onde 770 milhões de pessoas não têm acesso a eletricidade.
“A Koolboks é uma arca que funciona em modo de refrigeração ou congelação, alimentada por painéis solares e baterias de lítio. A energia, abundante e acumulada durante o dia, mantem a Koolboks a funcionar durante sete dias consecutivos garantindo a qualidade dos alimentos”, explicou a petrolífera promotora do concurso, no âmbito da sua plataforma de inovação aberta, a Upcoming Energies.
Deborah Gael, diretora de Operações da Koolboks, explicou que esta inovação social permite suprir “grandes desafios que se colocam às populações” uma vez que 17% das pessoas na África Subsaariana não têm acesso a fontes de refrigeração. A seu ver, permite também que “as mulheres africanas tenham mais autonomia, gerindo pequenos negócios assentes na venda de alimentos ou refeições”.
“Todos os projetos finalistas do Startup the Future já são vencedores por terem chegado até aqui”, começou por dizer o responsável pelas áreas de energias renováveis e inovação da Galp, no último dia da Web Summit. “Mas a Koolboks é incrível, toca-nos no coração porque é uma resposta imediata às necessidades humanas mais básicas”, argumentou Georgious Papadimitriou.
“A transição energética que estamos a operar exige inovação, exige colaboração e exige pessoas como estes empreendedores que hoje distinguimos”, sublinhou o executivo da Galp, num discurso proferido no stand da marca, um dos mais ‘chamativos’ da FIL.
O Startup the Future desafiou empreendedores a encontrar as soluções inovadoras e disruptivas nas áreas de inovação social, mobilidade elétrica (em parceria com BMW), renováveis e gestão energética, produção e operações. No total, a Galp recebeu mais de 200 candidaturas de 54 países.
Entre os finalistas em Lisboa estiveram a Mobilyze, uma startup eslovaca que usa tecnologia preditiva para otimizar a localização de pontos de carregamento de veículos elétricos, a Delfos, tecnológica brasileira que aplica Inteligência Artificial na produção de energia renovável, e a GreenEnergy, também do Brasil, que propõe produzir hidrogénio verde a partir do lodo das águas residuais.
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