É com uma aposta virada para a tecnologia blockchain que a plataforma imobiliária Proprhome faz o seu lançamento no sector imobiliário português, onde pretende dar uma resposta a um mercado saturado, facilitando de uma forma mais transparente e eficiente as interações entre os responsáveis deste segmento.
“Em Portugal existem 580 agentes imobiliários para 100 mil residentes. A média europeia é de 136 agentes para 100 mil residentes. Portanto, temos uma saturação quatro vezes superior e sem nenhuma barreira para a entrada de mais agentes. Muita gente em Portugal, infelizmente trata este trabalho como um emprego entre outros empregos, como uma oportunidade”, refere em entrevista ao Jornal Económico (JE), John McCoy, CEO da Proprhome.
A startup tem, entre outros objetivos, transmitir aos profissionais do sector uma nova forma de ganharem confiança e credibilidade nos seus negócios, causando assim “um impacto positivo no mercado e colocando Portugal novamente no mapa pelas razões certas”.
Um dos fatores de diferenciação desta plataforma é a de possibilitar a criação de um perfil, semelhante ao de uma rede social. “O que pretendemos com a Proprhome é cruzar a fronteira entre o mercado imobiliário e uma plataforma de rede social para que as pessoas sejam mais responsáveis. Se lidamos com um agente imobiliário e alguma coisa correr mal vais querer falar com essa pessoa. Portanto é necessário construir uma base de confiança com o agente rapidamente”, afirma.
Sobre o uso da tecnologia blockchain nesta plataforma, onde de resto tem uma parceria com a empresa de criptomoedas Ripple, o CEO explica que a mesma pode ser utilizada de três maneiras. “Quando um agente, investidor ou proprietário oferece boas fotografias do imóvel, uma boa descrição e um preço justo no mercado com base na análise do mesmo. Se responderem aos clientes a tempo, produzirem conteúdo que demonstre conhecimento do mercado receberão tokens e só através deles vão poder comprar um espaço para publicidade”, salienta, acrescentando que a segunda opção passa por poderem pagar 59 euros por mês para serem membros.
“Depois disso compram espaços com tokens que ganham com base no seu desempenho. Por isso, tentamos manter o mercado muito eficiente e transparente”, sublinha John McCoy, sendo que a terceira opção é o registo de cada propriedade como NFT, para que ela tenha um certificado digital. “Usamos parceiros como os bancos para se conectarem a esses NFT como prova de propriedade. Por isso, permite-nos conectar serviços de forma muito rápida e eficiente”, refere.
Com sede em Portugal, o CEO já traçou os objetivos a curto prazo para o mercado imobiliário nacional. “Há 56 mil agentes, aparentemente, em Portugal. Se tivermos uma comunidade de engajamento entre os melhores 15 a 20 mil agentes, já é positivo. Queremos promover 30% dos melhores agentes. O nosso plano para os próximos cinco anos é chegar a 13 países a partir de Portugal”, salienta.
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