Marques Mendes disse, na apresentação do livro “O Governador”, escrito pelo jornalista Luís Rosa, que Carlos Costa, durante os seus mandatos à frente do Banco de Portugal, “mesmo agindo tardiamente, teve a coragem que poucos teriam” ao afastar Ricardo Salgado da presidência do Banco Espírito Santo e ao proceder à sua resolução.
“Ricardo Salgado era à data dos factos um Estado dentro do Estado, um poder que condicionava os outros poderes”, disse o advogado e ex-presidente do PSD, falando para uma plateia que incluía os antigos Presidentes da República Cavaco Silva e Ramalho Eanes, e o ex-primeiro-ministro Passos Coelho, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
Sobre o Banco Espírito Santo, Mendes descreveu-o como “um grupo que se chegou a comportar como uma verdadeira máfia siciliana”, e “especialista e doutorado em destruição de valor”.
Apontando a Carlos Costa “erros sobretudo no plano da comunicação”, Marques Mendes sublinhou que o ex-governador do Banco de Portugal viveu “sob constante ameaça governativa de destituição do cargo” desde que António Costa se tornou primeiro-ministro. Mas também deixou claro que todo o poder político não esteve à altura, exceptuando Passos Coelho.
“Ao optar por criticar mais o polícia do que o criminologista o poder político deu mostras de falta de coluna vertebral”, rematou Marques Mendes.
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