A Amazon Web Services (AWS) e a Ferrari uniram forças para lançar, no próximo ano, uma aplicação para os fãs de Fórmula 1 (F1) na qual se poderá assistir a entrevistas aos pilotos da equipa italiana, ver os tempos que fizeram em cada volta e consultar informações exclusivas sobre esta marca do desporto rei do motociclismo. A garantia foi dada esta segunda-feira por Jock Clear, engenheiro da Scuderia Ferraria e coach do monegasco Charles Leclerc.
“A F1 é o desporto mais técnico e desafiante. Parece teoricamente simples construir o carro mais rápido na primeira volta para ficar na pole position, mas não é assim. Não se pode descurar a inovação. A inovação é a chave, porque a concorrência é forte”, referiu o engenheiro sénior de Performance da Ferrari, na conferência re:Invent, que está a decorrer nos Estados Unidos.
“A corrida não é uma ciência exata, tem muitas quantidades de dados (talvez até demais), uma combinação de hardware e software e as competências humanas do piloto”, sublinhou, mencionando o impacto da energia, aerodinâmica e peso na performance de um veículo e trabalho dos seis mil profissionais de engenharia mecânica e informática durante seis meses, o período entre as temporadas, na F1.
Para melhorar essas capacidades, Jock Clear diz ainda que a Ferrari também conta um sensor de velocidade no solo desenvolvido pela AWS.
“É uma indústria que vive e respira de engenharia de performance”, assegurou Peter DeSantis, vice-presidente sénior de Utility Computing da AWS, o orador principal do primeiro dia do re:Invent 2022. “A palavra-chave é eficiência. O máximo que podermos passar a treinar o nosso modelo e menos a comunicar entre si mais eficiência traz”, afirmou o porta-voz da fornecedora de soluções de computação na nuvem (cloud).
Nesse contexto, Peter DeSantis foi também o responsável por anunciar ao público, na “Monday Night Live”, o processador Graviton3E e os novos chips AWS Nitro – que endereçam questões como “o que fazer para potenciar a performance, aumentando a segurança e ao mesmo tempo reduzindo os custos?” – com duas vezes mais potência elétrica (transístores) e 30% menos de latência.
No arranque da conferência, a subsidiária do grupo Amazon aproveitou ainda para anunciar que se tornará “water positive” (positiva em água) daqui a menos de uma década. Ou seja, a empresa comprometeu-se a devolver mais água às comunidades do que aquela que utiliza nas suas operações até 2030. A mudança hídrica surge também no âmbito da métrica global de eficiência de utilização de água (WUE) que a AWS tem, nomeadamente 0,25 litros de água por quilowatt-hora em 2021.
O re:Invent 2022 conta com cerca de 50 mil participantes em Las Vegas, além dos inscritos na versão digital do evento. Ao longo desta semana, o centro de congressos do hotel Venetian irá receber mais de duas mil sessões, entre as quais workshops, sessões temáticas (palestras de 60 minutos dadas por especialistas, programadores e clientes da AWS, de intermédios a experts), sessões mais pequenas para grupos (com a duração de 60 minutos, conduzidas por especialistas em AWS, que orientarão a audiência na criação do seu próprio projeto) e “chalk talks” (mais à base de perguntas e respostas sobre os desafios da arquitetura tecnológica).
re Invent2022: o que acontece em Las Vegas, não fica apenas em Las Vegas
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