A inflação nos EUA recuou em maio até mínimos de dois anos, caindo para 4,0% em termos homólogos depois dos 4,9% do mês anterior e marcando o décimo primeiro mês consecutivo de recuos no indicador de preços. Em cadeia, o cabaz norte-americano subiu apenas 0,1%. Ainda assim, a inflação core não teve uma prestação tão favorável, recuando apenas 0,2 pontos percentuais (p.p.).
Olhando para o indicador descartando a energia e bens alimentares, a inflação subjacente manteve-se elevada, em 5,3%, depois dos 5,5% do mês anterior. Em cadeia, este subindicador registou um aumento de 0,4%.
Estes números ficam em linha com a estimativas dos analistas, que antecipavam já nova queda na inflação nominal, embora não acompanhada na magnitude do lado do indicador core.
A energia continua a abrandar, tendo registado uma queda de 11,7% em relação a igual período do ano passado e contribuindo decisivamente para a descida da pressão nos preços na maior economia do mundo. Em sentido inverso, os custos com habitação continuam a ser a principal motor da evolução de preços, crescendo 8,0% em termos homólogos e 0,6% em relação ao mês anterior.
Também o mercado de viaturas usadas continua sobreaquecido, subindo 4,4% nos últimos dois meses, apesar de, em termos homólogos, já estar a recuar 4,2%. Já os carros novos registaram uma subida de 4,7% em comparação com maio do ano passado.
Estes dados aumentam a margem de manobra da Reserva Federal para interromper o ciclo de subidas dos juros nos EUA, dado que os efeitos do aperto monetário começam a ser visíveis, aproximando a inflação do objetivo de longo-prazo de ancorar o indicador em torno dos 2%. O banco central reúne esta semana para anunciar a sua decisão de junho, com 97% de probabilidades de manter as taxas inalteradas, segundo a análise da FedWatch Tool, da CME.
[notícia atualizada às 13h48]
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