Um estudo do Investor Index mostra que 73% dos investidores britânicos acredita que o ChatGPT pode fornecer conselho financeiro confiável no futuro, e 42% dos inquiridos, entre os 18-34 anos, referiram que já usaram esta ferramentas para obter aconselhamento.
Este estudo envolveu 1.100 pessoas com mais de 18 anos e um mínimo de dez mil libras investidas (o equivalente a 11.700 euros).
Contudo, 54% dos inquiridos com mais de 65 anos disse acreditar que o ChatGPT pode ser o futuro da consultoria financeira.
Cerca de 46% dos investidores defenderam que os robo-advisors são o futuro dos investimentos e 34% disse que prefere usar um robo-advisor em vez de um consultor financeiro.
Uma das responsáveis pelo AML Group, Sarah Nunneley, entidade que conduziu o estudo, disse que embora o ChatGPT não seja regulado, o facto da ferramenta ser encarada como uma fonte de aconselhamento “é notável”.
Sarah Nunneley acrescenta que isso se torna “mais significativo” entre os investidores mais jovens.
A responsável pelo AML Group salienta que a nova geração de investidores “olha para a oferta existente, avalia as suas opções” e o robo-advisors e a inteligência “estão a chegar ao topo”.
O estudo diz que 72% dos investidores veem a propriedade imobiliária como o investimento principal, e 59% dos investidores entre os 18-34 aponta indica que a crise foi o motivo que os impediu de adquirir essa propriedade.
Verificou-se uma quebra nos investidores mais jovens que investem para a compra de um imóvel de 38% para os 24% entre 2022 e 2023.
O aumento do custo de vida foi um fator que contribuiu para que os investidores do Reino Unido fossem à procura de melhore negócios. 69% disse que estavam “ativamente à procura” de melhores negócios, enquanto que 45% estavam à procura de alternativas em termos de investimos.
Já a diretora de contas da The Nursery, Emma Harries, entidade que também colaborou com o estudo, disse que “ninguém está imune à crise do custo de vida e isso ficou evidente” nas pesquisas efetuadas.
“O estado de crise constante observado nos últimos anos levou a uma crença crescente de que as pessoas devem assumir o controlo do seu futuro. Elas não podem confiar em especialistas ou no Governo para fazer isso por elas. A sensação de controlo que as pessoas desejam, levou-as a investir como uma maneira intrigante de ganhar riqueza, especialmente para investidores mais jovens, que cada vez mais veem a propriedade como inatingível”, acrescentou Emma Harries.
38% dos inquiridos disseram que os investimentos ESG são importantes, uma quebra de 6% face ao ano anterior.
A responsável de estratégia da The Nursery, Pauline McGowan, disse que esta quebra verificada nos investimentos ESG pode ser interpretada de várias formas e pode ser “uma tendência importante a ser observada” nos próximos anos.
“Investidores mais jovens disseram que queriam que os seus investimentos fizessem bem ao mundo, mas não à custa de ganhos pessoais”, acrescentou Pauline McGowan.
As áreas em que os investidores mostraram mais interesse em apoiar foram “novas iniciativas ecológicas e soluções tecnológicas como a inteligência artificial e a robótica”, disse Pauline McGowan.
Entre aqueles que nunca pagaram por consultoria financeira 29% disse que as informações que precisavam online.
O estudo mostra que o aumento do custo de vida ensinou aos investidores aquilo que precisam, com 79% da faixa etária entre os 18 e os 44 anos disseram confiar numa abordagem autónoma.
O chefe de estratégia da AML, Christian Barnes, disse que o estudo mostra os “efeitos cumulativos” de notícias como a pandemia, guerra, e o aumento do custo de vida, no “aumento do sentimento dos investidores relativamente à sua capacidade de tomarem decisões de investimento”.
O estudo referiu ainda que 18% dos investidores do Reino Unido investem em moedas voláteis; 60% acreditam que os investimentos de longo prazo são mais importantes do que nunca; 37% disseram que retiraram fundos dos seus investimentos atuais; 54% referiram que abriram recentemente uma conta de poupança com juros altos e 23% disseram que retiraram dinheiro de outros investimentos para financiar essas contas; a confiança dos investidores está em seu nível mais alto desde a pandemia; e 31% dos investidores mais jovens (18-34 anos) estão focados em retornos de curto prazo.
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