Presidente do PS Madeira promete intransigência e sensatez na defesa da autonomia

O presidente do PS Madeira, Sérgio Gonçalves, disse que caso o partido chegue ao poder na Região Autónoma da Madeira será tão “intransigente como sensato e responsável” na defesa dos interesses da autonomia, no território, na República e na União Europeia.

Nas jornadas parlamentares do PS, Sérgio Gonçalves voltou a defender que a força partidária é a única capaz de concretizar a “necessária mudança governativa” na Região e melhorar a vida dos madeirenses.

Sérgio Gonçalves acusou o PSD e o CDS-PP, partidos que asseguram a governação na Região de estarem “disponíveis para trair os madeirenses apenas para se manterem no poder”.

O presidente do PS Madeira prometeu um governo que defende os interesses regionais de “forma consequente e com eficácia” e que “responda aos problemas” no emprego, na saúde, na educação, na habitação e na coesão social.

“Queremos futuro, queremos ser uma terra de oportunidades. E isso depende do Governo Regional. Não deste, que está esgotado, mas daquele que me proponho liderar. Estamos perante a oportunidade de mudar a Madeira e essa mudança só é possível com o voto no PS. Qualquer outro sentido de voto não contribuirá para a mudança e será, no essencial, manter tudo como está”, referiu o socialista.

Sérgio Gonçalves voltou a referir que entre as prioridades estará a Saúde, sublinhando que desde que Miguel Albuquerque chegou ao poder que estas duplicaram.

O socialista disse que o partido pretende implementar tempos máximos de resposta garantidos para que “as pessoas sejam sempre atendidas dentro do tempo clinicamente recomendável e, caso o serviço público não consiga responder, possam recorrer ao privado, sem que tenham de o pagar”.

O presidente do PS Madeira prometeu reabrir os serviços de urgência dos centros de saúde de Santana e Porto Moniz durante a noite.

Outra promessa passa pela baixa de impostos, através da aplicação do diferencial fiscal de 30% em todos os escalões de IRS e no IVA, onde pretende baixar as taxas de 22% para 16%, de 12% para 9% e de 5% para 4%.

Sérgio Gonçalves criticou o executivo madeirense por numa altura em que os madeirenses “passam por enormes dificuldades”, e com a “possibilidade de reduzir os impostos, não o faz, mas vai arrecadar mil milhões de euros em receita fiscal, a maior de sempre”.

Outra das apostas do PS é a educação. Sérgio Gonçalves prometeu manuais escolares, transporte e alimentação gratuitos para todos os alunos até ao 12.º ano.

A isto junta-se três milhões de euros anuais para apoiar a Universidade da Madeira (UMa) através da celebração de um contrato-programa.

O socialista quer também garantir uma casa digna a todos os madeirenses, através de parcerias com todas as câmaras municipais.

Sérgio Gonçalves destacou outras medidas implementadas pelo Governo da República que beneficiam a Madeira.

Entre estas, a subida do salário dos 515 euros em 2015 para os785 euros em 2023 (destes 270 euros, apenas 15 foram da responsabilidade do Governo Regional), o descongelamento e atualização das pensões, o reforço do abono de família, o cofinanciamento de 50% do novo Hospital da Madeira, o descongelamento das carreiras da administração pública e a assinatura do acordo de concertação social que permitirá aumentar os salários até 2026, e o facto de a Madeira receber 5% do total do Plano de Recuperação e Resiliência, quando representa 2,5% da população nacional.

O socialista sublinhou que “será construída uma residência universitária em São Roque e remodelada a do Funchal, que serão remodelados os tribunais, que já foram adjudicadas as obras de construção das esquadras da Ponta do Sol e de Santa Cruz e que os efetivos da PSP serão reforçados”.