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Desertas: ilhas com mais 3 milhões de anos abrigam espécies únicas no mundo

São várias as espécies raras e endémicas que podem ser vistas na Reserva Natural localizada a sudoeste da Madeira. Formadas há 3,5 milhões de anos, as Ilhas Desertas abrigam uma pequena colónia de lobos marinhos cujos exemplares se reduzem aos 500 no planeta.
29 Agosto 2018, 17h18

 

Descobertas em 1420 pelos portugueses, as ilhas Desertas foram várias vezes alvo de tentativas de colonização  travadas pela  aridez e inexistência de água neste território.

De origem vulcânica, estas três ilhas formaram-se há cerca de 3,5 milhões de anos e dão pelo nome de  Ilhéu Chão, Deserta Grande e Bugio.

Para além de abrigarem uma colónia de 25 a 30 lobos marinhos, uma espécie em risco de extinção, nestas ilhas é possível observar cerca de 200 espécies de plantas indígenas e naturalizadas.  Na ilha do Bugio, nidifica a espécie endémica freira-do-bugio que atrai observadores de todo o Mundo.

Durante a Segunda Guerra Mundial, foi construído um acesso ao topo da Deserta Grande e instalados quatro postos de vigia para controlo das embarcações na zona. Estas vigias foram, posteriormente, utilizadas pelos caçadores de baleias para o avistamento destes animais.

Em 1959 e 1961, construíram-se os faróis do Ilhéu Chão e do Bugio, respectivamente. A primeira casa da Doca foi construída em 1988, tendo sido substituída por outra em 2005 numa nova localização devido ao perigo de desprendimento de rocha.

As Ilhas Desertas ocupam uma  área total de 12586 hectares e encontram-se legalmente protegidas desde 1990 com a criação da Área de Proteção Especial. Em 1995, foram classificadas como  reserva natural, tendo o projeto para a conservação da  foca-monge do Mediterrâneo arrancado em 1988. Desde então estas ilhas passaram a ter uma vigilância efectuada pelo Corpo de Vigilantes da Natureza.

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