[weglot_switcher]

Dow a escalar mais de 100 pontos. Primeiros resultados da banca animam Wall Street

O índice industrial abriu a sessão desta sexta-feira a somar mais de 100 pontos. Nasdaq e S&P 500 atingem os níveis mais altos desde abril do ano passado. A banca anima a praça nova-iorquina.
14 Julho 2023, 14h34

Os primeiros resultados do segundo trimestre estão a animar a bolsa norte-americana, com destaque para o sector bancário que, no primeiro trimestre do ano, muito fez tremer e temer em Wall Street. A sessão desta sexta-feira arrancou com uma escalada do índice industrial Dow Jones, que somou 150 pontos (0,5%).

Também o empresarial S&P 500 e o tecnológico Nasdaq avançam na última sessão da semana, com ganhos de 0,2% e 0,3%, respetivamente.

Assinala-se assim o quarto dia consecutivo de ganhos para os principais índices da praça nova-iorquina, com o Nasdaq e o S&P 500 a atingirem os níveis mais elevados desde abril do ano passado. A ajudar: os resultados de alguns dos maiores bancos norte-americanos.

As ações do JPMorgan Chase subiram mais de 1% depois de os números dos últimos três meses terem superado as expectativas dos analistas. O banco encaixou uma receita significativa com o aumento dos juros diretores. Na mesma medida, o Wells Fargo viu as ações disparar mais de 3% na negociação antes da abertura dos mercados, também alavancado por resultados mais otimistas do que se previa.

Mas nem só de banca se faz Wall Street. O sector segurador viu as ações da UnitedHealth treparem mais de 3%, à boleia de um aumento nas receitas nos últimos três meses. As projeções da empresa até ao fim deste ano foram também revistas na positiva.

Olhos postos no segundo semestre

Contudo, uma batalha não dita a guerra. Os analistas de Wall Street estimam que esta será a pior temporada de resultados desde o segundo trimestre de 2020, quando os ganhos do S&P 500 derraparam 31,6%. A projeção da FactSet é de que os lucros do índice estejam a emagrecer 7% ano após ano. E outros indicadores macroeconómicos dão sinais disso mesmo.

O índice de preços na importação para os Estados Unidos desceu em junho, de acordo com dados do congénere instituto de estatísticas. É o quinto mês em que o indicador abranda, o que pode indicar um arrefecimento na maior economia mundial.

Da mesma forma, o índice de preços na produção, conhecido quarta-feira, confirma que a inflação se mantém, mas a um ritmo mais contido do que se antecipava. Os investidores esperam agora que os indicadores ajudem a sustentar uma valorização das ações até ao fim do ano.

“Wall Street arranca em alta, animada pelas boas contas do segundo trimestre de JPMorgan, Wells Fargo e Citigroup”, confirma o analista de mercados do Millennium Investment Banking Research, Ramiro Loureiro.

“No plano macroeconómico, a revelação de que os preços das importações nos EUA recuaram 6,1% em junho face a igual mês de 2022 e que os das exportações desceram 12%, voltando ambos para níveis mínimos desde janeiro do ano passado, mostram que as pressões inflacionistas estão a descer e isso ajuda na trajetória pretendida pela Fed, o que joga a favor dos mercados de ações”, conclui o analista.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.