[weglot_switcher]

Comissão de inquérito chega ao fim, mas fica (quase) tudo na mesma

O relatório da comissão de inquérito à tutela política da gestão da TAP continua a somar fortes críticas por parte dos partidos da oposição. PS é acusado de proteger Governo ao omitir factos centrais do documento final. Há conclusões, mas poucas consequências.
Cristina Bernardo
16 Julho 2023, 08h00

Poucas consequências deverão resultar da comissão parlamentar de inquérito (CPI) à tutela política da gestão da TAP, que decorre desde março. Os trabalhos terminaram esta quinta-feira, num coro exaltado de críticas por parte dos partidos da oposição, que acusam o PS de proteger o Governo no relatório final da CPI, que à hora de fecho desta edição ainda está a ser discutido na Assembleia da República.

Do documento faltava, na opinião dos partidos, um aprofundar de certos episódios e questões centrais da CPI, nomeadamente das audições sobre os acontecimentos de 26 de abril no Ministério das Infraestruturas. A deputada socialista Ana Paula Bernardo, responsável por redigir o relatório, diz que “nada foi branqueado” e que todos os factos “estão lá” e que cabe a cada um “tirar as suas conclusões”. Ana Paula Bernardo falava do capítulo 5 do relatório preliminar, que diz ter sido “o mais criticado”. Esse capítulo avalia a interferência política na gestão da companhia aérea e refere alguns exemplos: a intervenção do secretário de Estado Hugo Santos Mendes no pedido de mudança de um voo, a renovação da frota automóvel ou a gestão da saída de Alexandra Reis. Sobre isto, diz a deputada relatora: “Não é correto dizer-se que o relatório é omisso nestas matérias. Nada foi branqueado, nem escondido. Os factos estão lá e cada um pode tirar as suas conclusões. Podem discordar, mas não podem concluir o que não nos foi dito”, sublinha.

 

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

 

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.