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Altice. Trabalhadores foram “usados para fins fraudulentos”, acusa sindicato

O Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Altice em Portugal aponta para a posição dos profissionais, que foram “enganados e ludibriados”, numa altura em que a “Operação Picoas” está no centro das atenções.
20 Julho 2023, 14h15

O Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Altice em Portugal (STPT) garante que os profissionais da empresa foram “enganados e ludibriados”, na sequência de “terem sido usados para fins fraudulentos de criação de luxos e riqueza pessoal”. Em causa está a “Operação Picoas”, que já levou o co-fundador da empresa, Armando Pereira, a ser indiciado por 11 crimes de corrupção ativa e passiva.

Em comunicado, aquela organização sindical sublinha que esses propósitos substituíram a ideia de criar “uma empresa de futuro de desenvolvimento do país ao serviço dos cidadãos” e aponta para faltas de respeito ao nível dos “direitos, garantias e estabilidade socio laboral dos trabalhadores enquanto pessoas”.

De recordar que, há precisamente uma semana, no dia 13 de julho, a empresa foi alvo de buscas, Num contexto de enorme pressão, o grupo já avançou com a suspensão de vários “gestores e funcionários”, ao mesmo tempo que já fez saber que procedeu a alterações no Conselho de Administração e está a colaborar com as autoridades no âmbito da investigação.

O próprio Alexandre Fonseca, ex-CEO da Altice Portugal e agora co-CEO da Altice Internacional, suspendeu as suas funções depois de ver o seu nome conectado a negócios que terão lesado o grupo em vários milhões de euros.

 

Artigo atualizado às 14h32

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