Numa noite de agosto, o portátil do arquiteto Tiago Venda Morgado ficou sem bateria, como tantas outras vezes. Baixou-se do sofá onde o tinha ao colo, procurou uma tripla no meio dos outros cabos e voltou a ligar o computador para trabalhar. Naquele momento, apercebeu-se de que bastava reinventar a forma de conceber as tomadas elétricas – além do branco, retangular, com ou sem interruptor – para nunca mais se ter de baixar da secretária ou do sofá.
“Começámos apenas com um PowerPoint, uma ideia. Falei com dois amigos de infância, um engenheiro e um designer, e desenhámos um «business plan» quando ainda nem sabíamos bem o que isso era”, conta ao Jornal Económico. O aparelho desenvolvido pelos três, uma plataforma multi-tomada personalizável, prepara-se agora para chegar aos Estados Unidos da América.
A EGG Electronics nasceu em 2013, o primeiro ano em plena vigência do mercado liberalizado de eletricidade em Portugal. A startup fundada por Tiago Venda Morgado teve como primeiro investidor e primeiro cliente a EDP – Energias de Portugal, sendo uma seis que estão a trabalhar no co-work do LACS e uma das poucas que contraria a tendência de insucesso de grande parte das energéticas de hardware. “No início, a EDP investiu uma pequena quantia para desenvolvimento dos moldes e comprou três mil unidades a preço de custo. Apoiou-nos com a prototipagem 3D, a nível legal, etc.”, explica o diretor executivo ao semanário.
O CEO revelou ainda que deverá haver novas contratações e que o aparelho elétrico está prestes a ter uma versão 2.0 para voar até ao mercado norte-americano já em fevereiro do próximo ano. A EGG US está em fase de prototipagem e de certificação e será vendido na Amazon, à semelhança dos produtos que se encontram no mercado.
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