Microsoft tenta convencer regulador britânico e envia nova versão do acordo para comprar Activision
A Microsoft apresentou esta terça-feira uma nova versão do acordo para aquisição da Activision Blizzard, editora de videojogos como o famoso Call of Duty, por 69 mil milhões de dólares (cerca de 63 mil milhões de euros) ao regulador britânico, depois de o anterior ter sido travado por preocupações em torno de uma eventual opressão à concorrência.
A CMA (Competition and Markets Authority – Autoridade da Concorrência e dos Mercados), equivalente à portuguesa Autoridade da Concorrência no Reino Unido, publicou um despacho final que impede a conclusão do negócio original, o que acabou por levar as empresas a propor novos termos de fusão.
Assim, a Microsoft refere que os direitos de streaming na cloud da Activision fora do Espaço Económico Europeu serão vendidos à Ubisoft, uma concorrente na indústria dos jogos com sede em França.
“Isto não é uma luz verde. Avaliaremos cuidadosa e objetivamente os detalhes do acordo reestruturado e o seu impacto na concorrência”, disse Sarah Cardell, diretora executiva da CMA. “O nosso objetivo não mudou. Qualquer decisão futura sobre este novo acordo garantirá que o mercado de cloud gaming em crescimento continue a beneficiar de uma concorrência aberta e eficaz que impulsiona a inovação e a escolha”, ressalvou, em comunicado oficial.
Em meados de julho, a CMA anunciou que prorrogou o prazo para sua avaliação do acordo de aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft por mais seis semanas até ao próximo dia 29 de agosto para ter tempo de escrutinar as propostas das duas partes para resolução das preocupações da CMA, que tem sido um forte opositor à operação.
O Grupo de Inquérito decidiu estender por seis semanas, nos termos da seção 41A(2) da lei, o período para o cumprimento do seu dever nos termos da seção 41(2) da lei, pois considera que há razões especiais para fazê-lo. O período de revisão terminará, portanto, a 29 de agosto de 2023”, lê-se na nota publicada pelo regulador.
