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Subida de 3,7% do BCP leva PSI 20 para o ‘verde’

O índice bolsista de referência nacional inverteu a tendência negativa da sessão e fechou no ‘verde’. Na Europa, a guerra comercial determinou uma sessão mista.
Miguel A. Lopes/Lusa
17 Setembro 2018, 16h50

A Bolsa de Lisboa fechou esta segunda-feira em terreno positivo, invertendo a tendência negativa ao longo da sessão. O PSI 20 avançou 0,82% para 5.328,83 pontos. Entre as 13 cotadas em alta, destacaram-se especialmente as ações do BCP, que subiram 3,68% para 0,2454 euros.

“A bolsa portuguesa iniciou a semana em alta, registando uma overperformance face às praças europeias. O BCP foi o grande catalisador dos ganhos, já que avançou mais de 3%, beneficiando do bom desempenho dos bancos italianos”, explicaram os analistas do BPI.

O banco liderado por Miguel Maya registou o maior ganho intraday desde junho, graças a um alívio da pressão sobre a Europa que se foi sentindo ao longo da sessão.

Em Portugal, a perspetiva do rating foi revista para ‘positiva’, de ‘estável’, na sexta-feira pela Standard and Poor’s, enquanto em Itália, o ministro das Finanças disse, numa entrevista ao Corrierre dela Serra, que o défice italiano ficará, no máximo, em 1,6% do PIB no próximo ano. A banca foi beneficiada, sendo que o índice Euro Stoxx Banks fechou a ganhar 1,19%.

Além das ações, também o mercado de dívida refletiu o sentimento. A yield das Obrigações de Itália a 10 anos caíram 13,8 pontos para 2,844%, a das gregas 5,5 pontos para 4,035% e a de Portugal 2,5 pontos para 1,831%.

Retalho europeu avança, enquanto tecnologia recua

Entre as cotadas do PSI 20 que mais subiram, destacaram-se ainda os CTT (1,7% para 3,356 euros), a Sonae (1,56% para 0,912 euros) e a Mota-Engil (1,17% para 2,165 euros). Na energia, a EDP Renováveis ganhou 1,14% para 8,430 euros, a EDP subiu 0,59% para 3,264 euros e a REN 0,74% para 2,442 euros.

Em sentido contrário, fecharam no ‘vermelho’ apenas a Sonae Capital (-0,50%), a Galp Energia (-0,48%), a Navigator (-0,33%) e a NOS (-0,2%).

“As bolsas europeias negociaram em trajetória ascendente, não obstante a escalada de receios sobre as tensões entre os EUA e a China”, explicaram. “Os produtores de matérias-primas, um setor mais sensível a estas questões comercias, terminaram em ligeira alta, após os mais recentres desenvolvimentos sobre esta matéria”.

Na Europa, os avanços na guerra comercial determinaram uma sessão mista. O índice pan-europeu Euro Stoxx 50 fechou na linha de água (+0,01%), enquanto o espanhol IBEX 35 ganhou 0,43% e o italiano FTSE MIB avançou 1,09%. Em sentido contrário, o alemão DAX perdeu 0,24%, o francês CAC 40 cedeu 0,07% e o britânico FTSE 100 deslizou 0,05%.

“O setor do retalho salientou-se, em virtude da forte valorização protagonizada pela sueca H&M. A empresa avançou mais de 16%, depois de ter apresentado resultados superiores ao esperado”, acrescentaram os analistas do BPI. “Já o setor tecnológico figurou entre os piores performers, em linha com o comportamento das congéneres norte-americanas”.

[Notícia atualizada às 17h15]

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