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“Precisamos de mais líderes como Satya Nadela e menos como Steve Jobs”

Heather Gage King: Trabalhou com Steve Jobs nos primeiros anos da Apple, conhecendo de perto as origens do “culto” em volta do criador dos portatéis Macintosh e do iPhone. Acabaria por sair ao fim de alguns anos, tornando-se consultora. Quase 40 anos depois, afirma que líderes autoritários como Jobs não servem para os desafios do futuro. “Precisamos de lideranças colaborativas”, defende.
24 Setembro 2023, 10h00

Heather Gage King (Wellesley, Massachusetts, 1959) iniciou a sua carreira como executiva de marketing na Apple, no tempo em que o edifício sede ostentava uma bandeira pirata, como sinal de que se preparava para conquistar o mercado dos computadores à gigante IBM. Trabalhou de perto com Steve Jobs e à semelhança de muitos dos seus colegas foi alvo dos seus célebres ataques de fúria. Jobs era um visionário que criava grandes produtos, mas fazia microgestão e não delegava tarefas importantes, estando rodeado de yes men que não contavam para as decisões relevantes, conta Heather King 40 anos depois. A consultora americana foi a convidada da mais recente sessão do Innov Club, uma iniciativa da Vieira de Almeida e da consultora Beta i, que conta com o JE como membro. Esta conversa está disponível no podcast JE Entrevista, no Spotify e outras plataformas.

Na sua apresentação, mencionou que Steve Jobs era uma espécie de montanha russa emocional. Por vezes ‘passava-se’ e maltratava os colegas. Acha que Steve Jobs teria sido um líder mais eficaz se não tivesse esses momentos e se não fosse um líder tão controlador, autoritário e adepto da microgestão?
Essa é uma pergunta muito boa e nunca o saberemos completamente. Penso que há aspectos da sua liderança que podemos e devemos admirar. Ele era muito apaixonado. Era muito exigente. Sabia o que queria construir e conseguia galvanizar um grupo para o fazer. Reconheço que a sua liderança era eficaz numa época muito diferente da atual. O seu estilo controlador e autocrático pode ter sido necessário para abrir caminho e criar novas indústrias que outras pessoas ainda não tinham imaginado. No entanto, o nosso contexto atual é muito diferente e o seu estilo de liderança é algo que não deve servir de modelo.

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