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“A indústria da aviação está a matar-nos”. Ativistas interrompem “World Aviation Festival” em Lisboa (com vídeo)

O JE captou o momento em exclusivo. Incidente ocorreu esta quarta-feira na conferência que estes ativistas descrevem como o “local de planeamento do duplo crime do crescimento da aviação e do despojar das cidades para o usufruto dos ricos e de turistas”.
27 Setembro 2023, 12h07

Ativistas dos movimentos “Climáximo” e “Scientist Rebellion” interromperam a conferência “World Aviation Festival”, que decorre esta quarta-feira em Lisboa, na sessão “What is the future of the global aviation industry”, onde discursavam CEOs e executivos da Emirates, Pegasus Airline, IATA, International Airlines Group e da TAP. No final, cinco ativistas foram identificados pelas forças policiais no local.

Veja o momento captado em exclusivo pelo JE esta quarta-feira:

Na FIL, os ativistas acusaram os palestrantes e toda a indústria da aviação de serem culpados das milhares de mortes e de despejos provocados pela crise climática todos os anos, e de estarem reunidos num evento desenhado para expandir a capacidade de matar em massa.

Em comunicado, os ativistas descrevem a conferência como o local de planeamento do duplo crime do crescimento da aviação e do despojar das cidades para o usufruto dos ricos e de turistas.

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“As empresas, os governos e os ultra-ricos estão, deliberadamente, a matar e a despejar dezenas de milhares de pessoas por todo o mundo. Eles sabem o que estão a fazer, e mesmo assim não vão parar de queimar combustíveis fósseis, voar nos seus jatos privados, construir mais hotéis e planear mais aeroportos”, afirma Inês, ativista do Climáximo.

Esta ativista acrescenta ainda que “não podemos permitir que eventos criminosos como estes passem em branco. É a vez de serem eles a pagar pela destruição que estão a causar, sendo urgente: o fim das emissões de luxo, em particular, banir jatos privados; o fim dos despejos e a reconversão dos ALs, hotéis e residências de luxo para servirem a função social de alojamento das pessoas; e a redução da aviação, proibindo a construção de novos aeroportos, limitando voos e investindo na ferrovia, garantindo que esta transição seja paga pela indústria da aviação”.

O JE captou ainda o momento em que a equipa de manutenção da FIL procedeu à limpeza do local:

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