A atribuição do Prémio Nobel da Paz à ativista iraniana presa Narges Mohammadi representa “um momento histórico e importante para a luta pela liberdade no Irão”, reagiu a sua família numa mensagem hoje divulgada.
“Dedicamos este prémio a todos os iranianos e, em particular, às mulheres e meninas iranianas que inspiraram o mundo inteiro com a sua coragem e a sua luta pela liberdade e igualdade”, acrescenta a família.
O Prémio Nobel da Paz 2023 foi hoje atribuído à ativista iraniana Narges Mohammadi pela sua “luta das mulheres no Irão contra a opressão”, anunciou o Comité Nobel Norueguês.
Segundo o comité, a escolha desta ativista e jornalista de 51 anos, vice-presidente do Centro de Defensores dos Direitos Humanos, deveu-se também “à sua luta para promover os direitos humanos e a liberdade de todos”.
“Infelizmente, Narges não pode estar connosco para partilhar este momento extraordinário”, refere a mensagem escrita pelo marido da ativista, Taghi Rahmani, em nome da família.
“Como sempre diz Narges: a vitória não é fácil de alcançar, mas é certa”, conclui o texto.
Vice-presidente do Centro para os Defensores dos Direitos Humanos – fundado por Shirin Ebadi, também vencedora do Prémio Nobel, em 2003 -, Narges Mohammadi foi várias vezes condenada e esteve presa durante 25 anos pela sua luta contra o véu obrigatório para as mulheres e contra a pena de morte.
Atualmente, está detida há mais de um ano numa prisão perto de Teerão.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com