O Goldman Sachs (GS) afasta impactos na produção mundial de petróleo depois dos ataques do Hamas contra Israel.
“Notamos que não houve impacto na produção atual de petróleo, e vemos como imporável qualquer efeito imediato e grande no curto prazo no balanço procura-oferta e nos inventários de curto prazo, sendo estes os principais condutores do preço do petróleo”, segundo uma nota divulgada hoje pelo GS.
Os analistas mantê a sua previsão de preços do Brent entre os 85 dólares por barril registados na sexta-feira e os 100 dólares em junho de 2024.
Todavia, o GS identifica duas potenciais implicações dos ataques de sábado do Hamas contra Israel.
Primeiro, o GS destaca que a Arábia Saudita estava em vias de reconhecer Israel, em troca de um acordo de defesa com os EUA, mas o “escalar do conflito em Gaza reduz a probabilidade de uma normalização no curto-prazo entre as relações sauditas-israelitas”. O banco norte-americano aponta que esta normalização deveria provocar um aumento na produção de petróleo. O acordo deveria provocar um aumento da produção em 1 milhão de barris diários para os 10 milhões em janeiro de 2024, o que deveria provocar um recuo do barril de Brent em 8 dólares para os 92 dólares. Mas este cenário “parece agora menos provável”.
Desta forma, os sauditas deverão anular o corte diário de um milhão de barris, de forma gradual, até ao primeiro trimestre de 2025. O GS espera que a produção saudita permaneça estável nos 9 milhões de barris diários até ao primeiro trimestre de 2024.
Ao mesmo tempo, o GS sublinha que o Irão tinha aumentado a produção de crude em 2022 o que devia-se ao descalar de tensões regionais (incluindo a libertação de prisioneiros dos EUA e do Irão).
Mas com a “possibilidade do aumento das tensões regionais” o GS acredita que isto vai impactar a sua previsão para a produção iraniana.
“Continuamos a assumir que a produção de crude iraniana vai abrandar significativamente”, destacam, apontando a meta de 3,25 milhões de barris diários.
O Brent está a ganhar mais de 3,3% esta segunda-feira, estando a negociar acima dos 87 dólares por barril, na primeira sessão após os ataques do Hamas a Israel.
O grupo terrorista palestiniano Hamas lançou uma ofensiva surpresa no sábado, com mais de 700 pessoas mortas em Israel, e mais de 300 mortas na Faixa de Gaza nas operações de retaliação do exército israelita.
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