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Licenciamento de projetos em Portugal é “pesadíssimo” devido à burocracia, reconhece ministro da Economia

O ministro está confiante que o país vai conseguir atrair “um ou dois” fabricantes de baterias para veículos elétricos, apesar dos obstáculos.
António Pedro Santos/Lusa
12 Outubro 2023, 20h15

Licenciar projetos em Portugal é difícil devido à burocracia, reconheceu hoje o ministro da Economia que acredita que, mesmo assim, o país vai conseguir atrair fábricas de baterias para veículos elétricos.

“Vamos viver durante o século XXI num mundo cada vez mais povoado por baterias, dirigido por baterias. Os países que fabricarem baterias estarão na linha da frente da transformação da sua economia. Alguns grandes fabricantes mundiais estão interessados em escolher o nosso país, vamos ver se  conseguimos lutar contra todos os obstáculos que existem, desde o licenciamento, pesadíssimo, às burocracias, às autorizações, até à incapacidade que temos de ver onde está o futuro e criar condições para as companhias e empresas desenvolverem os seus projetos”, disse hoje António Costa Silva em discurso na conferência anual da Associação Portuguesa de Energia que decorreu em Lisboa.

Um dos projetos em vista para Portugal é a fábrica da China Aviation Lithium Battery Tecnology (CALB) em Sines, um dos maiores produtores mundiais de baterias. O projeto está agora a iniciar o seu licenciamento ambiental.

O ministro acrescentou que o Governo está a fazer “tudo o que é possível” para “remover os obstáculos para atrair esses investimentos”. “Penso que é prematuro anunciar o desfecho mas creio que vamos conseguir atrair, pelo menos, um ou dois investimentos de fabricantes de baterias”, afirmou o ministro mais tarde aos jornalistas, já à margem do evento.

Sobre o leilão de energia eólica offshore, o ministro acredita que “pode haver um leilão com grande sucesso”, havendo “muitas empresas interessadas”, mas que “tudo depende do desenho do leilão”, algo em que os seus “colegas da área da energia estão a tratar”.

Em relação ao aumento do preço dos materiais, disse que “os custos são os mesmos em todo o lado”. “Os nórdicos estão a fazê-lo, não podemos uma vez mais perder para os nórdicos. O sul da Europa não pode perder as capacidades que tem nesta área”.

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