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Montenegro está preocupado com “rendas garantidas” no eólico offshore e critica “sucesso ilusório” de leilões solares

O líder do PSD fez hoje duras críticas a várias iniciativas do Governo no sector energético.
Cristina Bernardo
20 Outubro 2023, 14h02

Foram duras críticas do presidente do PSD em relação ao trajeto que o Governo tem feito na energia. Luís Montenegro partilhou hoje algumas das suas preocupações em relação ao sector energético em Portugal, criticando os leilões de energia solar e avisando para os riscos da iniciativa na energia eólica offshore.

E revelou a sua “preocupação face ao aparecimento de maus hábitos do passado”,  apontando que há “sinais claros que o Governo está a voltar à prática de garantir rendas” e que isso “não é estratégia para o país”.

“Ter rendas garantidas não é caminho sustentável para a transição energética. Já vimos isso com o sucesso ilusório do leilão solar” onde foi tido apenas em conta o “critério preço”, sem “decisões complementares para o interesse nacional”.

“Esse sucesso foi ilusório. Em muitas daquelas concessões as coisas acabaram por não avançar. E até há no ar a ideia de que algumas operações podem vir a ser resgatadas com novas garantias públicas”, afirmou o social-democrata em discurso no encerramento do encontro do Partido Popular Europeu (PPE) dedicado ao tema da reforma do mercado europeu de eletricidade, que decorreu hoje em Lisboa.

Ao mesmo tempo, destacou que o tema das “rendas garantidas” está “plasmada nos investimentos na nossa costa”, referindo-se leilão da energia eólica offshore. O Governo já anunciou que deverá abrir em breve um período de manifestação de interesse para os promotores. O objetivo do executivo é construir 2 gigawatts de energia eólica offshore até 2030.

“Sem embargo de termos interesse de aproveitar o potencial, outra coisa é estarmos a simular que operações são rentáveis e benéficas para o país”,

“Sei que temos de arriscar”, sublinhou e que os investimentos não podem estar dependentes do “Excel”, mas “devemos ser realistas e não dar um passo maior do que a perna e estar a onerar com um custo quem vem a seguir”.

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